Política


Governo Lula avalia dividir Ministério da Infraestrutura em duas pastas

A ideia foi debatida pelo grupo técnico que analisou a área
14/12/2022 O Sul

A equipe de transição do governo Lula avalia dividir o atual Minfra (Ministério da Infraestrutura) em duas pastas. A ideia foi debatida pelo grupo técnico que analisou a área. Um ministério ficaria responsável pela gestão de rodovias e ferrovias, enquanto um segundo ministério assumiria a gestão de portos, aeroportos e hidrovias.

O plano de criar um “superministério”, como passou a ser chamado o atual Ministério da Infraestrutura, foi encampado pelo governo Jair Bolsonaro, que aglutinou, dentro do que era o antigo Ministério dos Transportes, outras áreas que tinham gestões distintas, com a Secretaria de Portos e a Secretaria de Aviação Civil.

A avaliação do governo eleito é que essa estrutura, na realidade, tratou apenas de centralizar temas complexos dentro de um único ministério, sem efeitos práticos para reduzir custos da máquina pública.

A cúpula do governo Lula ainda discute a estrutura final sobre o assunto e ainda não há nomes definidos para os dois novos ministérios que seriam criados a partir do Ministério da Infraestrutura. A tendência mais forte, porém, é que essa divisão, de fato, se consolide, conforme uma fonte da alta cúpula do governo.

O Ministério da Infraestrutura está no centro das disputas políticas do governo, principalmente por concentrar grande parte das obras públicas, concessões à iniciativa privada e um dos maiores orçamentos da União. É no Minfra que são negociados, por exemplo, os recursos para o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que costuma ser dono do maior orçamento federal, para cuidar das rodovias do País.

A força política do ministério se confirmou neste ano, com a eleição do então ministro Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo. Durante as eleições, Tarcísio explorou a imagem de “executor de obras” de Bolsonaro e de pessoa de perfil técnico e menos político. Na prática, porém, é grande a pressão de todas as legendas para controlar a área de infraestrutura, um setor que já foi tido como um “feudo” do antigo PR, hoje o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, controlado por Valdemar Costa Neto.

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