Encontrado corpo de jovem desaparecida há dois meses em Soledade
O corpo da jovem de 18 anos Paula Schaiane Perin Portes foi encontrado na madrugada desta segunda-feira (17), no interior de Soledade, Região Norte do Rio Grande do Sul, segundo a Polícia Civil. Ela estava desaparecida desde o dia 10 de junho.
"Nessa madrugada a polícia localizou o corpo da Paula. No dia de ontem [domingo] estivemos o dia inteiro fazendo diligências e no início da madrugada conseguimos detectar o local exato que estaria o corpo. Acionamos a perícia do IGP e no meio da madrugada a gente desenterrou e confirmamos que se tratava o corpo da Paula", pontua a delegada Fabiane Bittencourt.
De acordo com a polícia, a causa da morte foi asfixia.
"Eles teriam matado ela por meio de um golpe que a gente chama de mata leão, deram os golpes até que ela fosse a óbito".
A investigação aponta que o corpo foi trocado de local.
"Está comprovado que o corpo foi movimentado de lugar. O local que encontramos o corpo seria o segundo local, já tínhamos realizado buscas na semana anterior. A motivação do crime, a gente já trabalha com uma possibilidade desde o inicio que é a queima de arquivo. A Paula sabia de alguma coisa que pudesse incriminar os investigados", afirma a delegada.
Quatro homens são suspeitos de envolvimento na morte de Paula, três deles estão presos. Micael Willian Rossi Ortiz, de 22 anos, é considerado foragido. O advogado de defesa contratado pela família diz que o jovem está desaparecido e que não tem envolvimento com o caso.
"Já temos elementos para indiciar quatro investigados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Também estamos estudando o indiciamento a título de organização criminosa".
Investigação continua
A polícia deve ouvir os suspeitos nos próximos dias. "Temos elementos que indicam que outras pessoas, além dos investigados, participaram desse cenário da ocultação de cadáver. Devemos trabalhar nisso nos próximos dias", disse a delegada.
De acordo com a polícia, os suspeitos presos negam o crime.
"Em nenhum momento, nenhum dos investigados, auxiliou a polícia na obtenção de qualquer prova que foi produzida. Nós não tivemos a colaboração de nenhum dos suspeitos. Eles não assumem, continuam negando. Essa foi a nossa maior dificuldade. Todas as provas que conseguimos obter foi por outros meios investigativos", conta.