Mãe é suspeita de oferecer filha para exploração sexual em Passo Fundo, diz polícia
Uma mulher é suspeita de exploração sexual após tentar oferecer filha em troca de cervejas e cigarros em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul, na noite de sexta-feira (28).
Segundo a Brigada Militar, a mulher estava embriagada e tentou forçar a criança a entrar na casa de um homem. A ação chamou a atenção de vizinhos, que perceberam que a menina estava assustada e chamaram a polícia.
O delegado Mário Pezzi, responsável pelo caso, afirma que foi instaurado o inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato no que diz respeito ao imposto pelo Artigo 244 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2 o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual".
A estimativa é de que em 10 dias o material seja encaminhado para Justiça.
"Agora a gente vai proceder a escuta da criança, e do homem, que não tem nada ver com a história. A mulher invadiu a casa dele, é um haitiano", afirma o delegado.
Menina em abrigo
O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso. Segundo o conselheiro Julio Martins, não foi possível conseguir informações com a mãe em razão do nível de embriaguez. Ele disse ainda que a criança estava muito assustada para falar na sexta-feira (28).
"Ela é uma criança entre 6 e 7 anos, muito nova, e tava muito assustada. Não conseguimos muita informação e nem tentamos, pra não acabar causando um trauma maior. Agora é deixar os psicólogos fazerem seu trabalho", diz.
A menina foi levada para um abrigo, onde aguarda uma equipe técnica da rede de proteção à criança realizar um estudo sobre a família para determinação se algum familiar tem condições de assumir a guarda, sem colocá-la em risco novamente.
"Ela tá no abrigo, segura. Ainda bem que aquela senhora chamou a Brigada, senão poderia ter acontecido algo bem pior", destaca Julio.
O Ministério Público está acompanhando e investigando a situação dos pais da criança. A família já chegou a ser acompanhada pelo Conselho Tutelar, mas há uns dois anos não se tinha mais nenhum trabalho nesse sentido.
Caso seja constatado que os familiares próximos não possam acolher a menina, ela continua no abrigo até a equipe identificar algum familiar distante com condições de receber essa criança.