Saúde e Bem Estar


Pesquisa revela que é muito improvável que comida seja fonte de contaminação do coronavírus

Apesar de ser possível as pessoas comerem algo contaminado com o vírus e ficarem infectadas dessa forma, isso nunca foi visto, segundo os especialistas
08/09/2020 O Sul

Uma equipe de especialistas em contaminação alimentar disse que é altamente improvável que os alimentos sejam uma fonte de transmissão do novo coronavírus.

O Comitê Internacional de Especificações Microbiológicas para Alimentos (ICMSF, em inglês) procurou sinais de que o vírus causador da Covid-19 pudesse ser transportado em alimentos ou em suas embalagens, e encontrou poucas evidências.

A descoberta recente espelha os relatórios anteriores da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês), de que não há um risco real de contrair a doença através de alimentos ou embalagens.

“Até hoje, não há qualquer evidência de que comida, embalagem de comida ou manuseio de comida é uma fonte ou uma importante rota de transmissão do SARS-CoV-2, que resulta em Covid-19”, disse a organização em um comunicado. “Não há alimentos que devam ser considerados de risco ou justificáveis como um vetor para SARS-CoV-2.”

Apesar de ser possível as pessoas comerem algo contaminado com o vírus e ficarem infectadas dessa forma, isso nunca foi visto, segundo os especialistas. Contudo, ainda é prudente enfatizar as boas práticas com a higiene de alimentos, alertou o grupo.

Mas enquanto alguns países passaram a limitar a importação de alimentos, testar os produtos importados ou pedir que as empresas classifiquem seus produtos como livre do novo coronavírus, o ICMSF declarou que nenhuma dessas medidas é realmente necessária. “O foco dos negócios de alimentos deve ser proteger os funcionários, consumidores e clientes dos restaurantes de se infectar de pessoa para pessoa com a Covid-19”, afirmaram os especialistas.

Quando o medo começou

O temor com a possibilidade de transmissão do vírus através de superfícies começou no fim de março, após a publicação de um estudo no prestigiado jornal acadêmico New England Journal of Medicine.

“O que o estudo mostrou é que sob certas condições no laboratório, que são obviamente um tanto artificiais, SARS-CoV-2 é detectável por mais de três horas em aerossóis, mais de quatro horas em cobre, mais de 24 horas em papelão e mais de dois ou três dias em plástico e aço inoxidável”, disse Jamie Lloyd-Smith, cientista que estudou por quanto tempo o vírus da Covid-19 pode permanecer em superfícies.

Mas a pesquisa não levou em consideração outros fatores que podem ajudar a inativar o vírus, como luz do sol ou desinfetantes, explicou ele. A maioria dos especialistas concorda que lavar as mãos, manter o distanciamento social e usar máscaras são as melhores formas de garantir segurança e evitar a contaminação.

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Aline Rosiakdj ar

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