De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, o estado do Rio Grande do Sul está sem cotações para o trigo. “A indefinição da safra gaúcha está retirando as ofertas e deixando os compradores com mais cautela antes de colocarem ordens de compra, principalmente de safra nova. A principal preocupação é com a qualidade. Muito embora se possa aplicar descontos sobre a qualidade, não é isto que o mercado quer: ele precisa de trigo de qualidade”, comenta. 

“Com isso não há cotações firmes no mercado. Teoricamente, o preço valeria R$ 1.000,00/tonelada no porto, para dezembro próximo,  o que significaria R$ 980/t no interior ou R$ 59,00/saca nas cooperativas ou  cerealistas, que poderiam pagar algo ao redor de R$ 53,00/saca para o agricultor, contra os atuais R$ 58,00 de média estadual”, completa. 

Enquanto isso, Santa Catarina aguarda definição do mercado paranaense para se reabastecer. “Os moinhos de Santa Catarina continuam atentos à disponibilidade de trigo novo no Paraná. Houve algumas tentativas de negócios neste sentido. As pedidas recebidas pelos moinhos catarinenses foram de R$ 1.180,00, com pagamento sobre rodas no norte do Paraná e de R$ 1.200,00/t no Sudoeste do Paraná, ambos para trigo novo, mas considerados muito altos”, indica. 

Já o Paraná conta com ofertas entre R$ 1.150,00 e R$ 1.200,00, com compradores a R$ 1.000,00/t. “As cotações do trigo novo continuaram a R$ 1.150,00/tonelada, para setembro, depois da informação de que a safra ainda será bem maior do que a do ano passado. A cotação para outubro ficou inalterada em R$ 1.100,00, mas a cotação de novembro subiu R$ 50,00/tonelada para R$ 1.000,00/t”, afirma.