O amanhecer desta quinta-feira (1º) foi marcado pela presença do Sol de cor alaranjada em Porto Alegre. Apesar da imagem ser de beleza única, a causa do acontecimento pode ser a poluição do ar.

Segundo a Somar, a fumaça das queimadas do Pantanal que se aproximava do Rio Grande do Sul, já na tarde da quarta-feira (30), contribuiu com a coloração.

O Sol é de cor branca, resultado da soma das cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Quando essa luz atravessa a atmosfera ela se dissipa pelo ar, se tornando, na maioria das vezes, imperceptível.

2020 já tem o maior número de focos da história no Pantanal

Mas com o acúmulo da poluição e a presença da névoa seca, a dispersão da luz é alterada e as cores se espalham, ficando visíveis.

"Quando o Sol nasce ou se põe, as luzes solares atravessam um caminho bem maior da atmosfera - se comparados quando estamos no meio do dia - colidindo assim com obstáculos, pois o sol fica mais no horizonte. Ou seja, tanto no amanhecer ou anoitecer, a luz está muito próxima do chão e tem que percorrer uma camada mais densa de ar. Nesse processo se perde ou se dissipa muitas cores, sobrando ou se espalhando mais a vermelha e a laranja na direção em que vemos", explica a meteorologista Fabiane Casamento.

O mesmo pode ser registrado com a Lua. Como não tem luz própria, ela reflete a luz do Sol, por isso, também pode ter coloração alaranjada quando há o acúmulo de partículas na atmosfera.

"A outra maneira de ocorrer esse fenômeno é a presença de poluição atmosférica ou de névoa seca na região. Elas ajudam ainda mais a dispersar boa parte das cores e espalhar muito mais as de cores vermelhas e laranjas", acrescenta Fabiane Casamento.