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O que os eleitores querem ver na propaganda no rádio e na TV

Desejo é que candidatos mostrem saídas reais para a crise
07/10/2020 Correio do Povo

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão que começa na sexta-feira e, conforme os estrategistas políticos, voltará a ganhar importância nestas eleições municipais já que as pessoas estão passando mais tempo em casa, vai exigir esforços extras das equipes de campanha. Porque, nas cidades do Rio Grande do Sul, a exemplo do que ocorre em todo o país, as sondagens qualitativas (que estudam as necessidades e as flutuações do comportamento do eleitor) contratadas por candidatos e partidos mostram que o eleitorado está com um conjunto extra de necessidades, decorrente do impacto do coronavírus.

Este bloco inclui uma preocupação muito grande da população com sua sobrevivência econômica nos próximos anos; com os efeitos da pandemia sobre a educação; e com medidas de assistência social que possa acessar. Por isso, os eleitores esperam por candidatos que demonstrem pulso firme, que consigam transmitir que de fato possuem capacidade de liderar a cidade por um complexo caminho de retomada, e que apresentem propostas realistas, ‘com começo, meio e fim’.

“O eleitor está cansado e estressado com a pandemia, cansado com a política, e com excesso de informações. Isto o tornou mais seletivo. Nas sondagens, os indicadores de dúvida, medo e ansiedade, todos pioraram. Todos querem saber como saímos, como tratamos as sequelas e como vamos em frente. Os candidatos vão precisar ser assertivos e falar de forma empática. E nunca a capacidade de gestão foi tão importante”, elenca a cientista social e política Elis Radmann, diretora do Instituto Pesquisas de Opinião (Ipo).

“É importante diferenciar o gestor que está no imaginário do eleitor agora daquele de algum tempo atrás. Agora, não é aquele que se apresenta para arrumar o estado inchado e ineficiente. O que as pessoas desejam ver nesta eleição é o gestor com visão social e capaz de encontrar soluções para a economia. É um líder confiável, que articula, que passa segurança. Candidatos com este discurso já aparecem bem avaliados”, completa o especialista em marketing político José Luiz Fuscaldo, presidente da agência Moove.

No caso específico de Porto Alegre, conforme Radmann, para além da importância concentrada no bloco ‘pandemia’ e os novos problemas que ela trouxe, zeladoria e infraestrutura da cidade aparecem como o grande tema exposto pelos eleitores nas sondagens comportamentais. Em uma segunda linha, de forma equivalente entre si, aparecem segurança e saúde, transporte e mobilidade. “E a educação surge como uma grande pauta a ser discutida. Para muito além do debate sobre o retorno, os eleitores estão preocupados com 2021, demandam diagnóstico e soluções bem amplas”, assegura ela.


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