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Com campanha adequada, CoronaVac pode impactar no controle da Covid-19 em 2 meses

Coordenador dos testes no RS, Fabiano Ramos avalia resultados do imunizante como "excelentes"
13/01/2021 Correio do Povo

Os resultados de eficácia da CoronaVac apresentados pelo Instituto Butantan, de São Paulo, nesta terça-feira, foram "excelentes", na avaliação do membro da Sociedade Riograndense de Infectologia e coordenador dos testes do imunizante no Rio Grande do Sul, Fabiano Ramos. Para ele, a depender da campanha de vacinação, os efeitos no combate à Covid-19 deverão ser percebidos em até dois meses. 

"Neste momento, qualquer previsão é subjetiva, pois isso vai depender de nossa capacidade de vacinação. Pensando no começo em fevereiro, depois de duas a quatro semanas, perceberemos o ínicio do impacto do imunizante", projetou. "Entre uma dose e outra, precisa ser respeitado o intervalo de 18 a 28 dias. Então, teríamos um mês para aplicar duas doses e mais um mês para percebermos o resultado", complementou Ramos, que destacou o fato de as doses serem de fácil produção e armazenamento. 

Com 50,38% de eficácia geral, 78% para casos leves e 100% em casos graves, a CoronaVac, de acordo com Ramos, assim que estiver à disposição da população, será uma importante aliada dos sistemas de Saúde, que enfrentam sobrecarga com pacientes infectados com o coronavírus. 

"É importante distinguir estes números. Quando falamos em 50% de eficácia, são para casos leves, sem intervenção hospitalar. Os 78% também tratam casos leves, mas adicionam os moderados, que podem necessitar de atendimento. Já os 100% de eficácia são os casos mais graves, que ocupam o sistema de Saúde", explicou. Nesta quarta, 264 pessoas contaminadas com o coronavírus estavam internadas em leitos de UTI de hospitais da Capital. A ocupação das unidades de tratamento intensivo em Porto Alegre era superior a 85%. 

Segundo o médico infectologista, os dados publicados nesta terça-feira, que reiteram a segurança da vacina e seu auxílio no combate à Covid-19, apresentam um diferencial em relação a outros imunizamentes: foram coletados somente em profissionais da saúde, que estão naturalmente mais expostos ao vírus e a maior carga viral. 

"Este recorte 100% com profissionais da saúde é uma peculiaridade dos testes com a CoronaVac, que os de outros imunizantes não tiveram. Essas pessoas estão constantemente mais expostas a uma maior carga viral da doença. Isto impacta nos resultados e ressalta a eficácia da vacina", salientou. "As informações também foram colhidas em um momento de maior incidência da doença no país, ou seja, com maior circulação do vírus". 

A Anvisa informou no início da noite que a reunião que decidirá sobre a liberação emergencial de vacinas para a Covid-19 no Brasil deverá ocorrer no próximo domingo. Na ocasião, a agência deve analisar o uso dos imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan (CoronaVac) e pela Fiocruz (Oxford/AstraZeneca). 

Ontem, o ministro Eduardo Pazuello disse que a vacinação no país iniciará quatro dias após o aval da Anvisa. Segundo o ministro, a previsão é iniciar a campanha com 6 milhões de doses de vacinas do Instituto Butantan e mais 2 milhões de doses da Fiocruz, que devem ser importadas da Índia.

Em Porto Alegre, a meta da Prefeitura é imunizar 156 mil pessoas na primeira etapa da campanha, incluindo servidores da saúde, idosos, pessoas com comorbidades e indígenas. Conforme o secretário da Saúde, Mauro Sparta, dependendo da quantidade de doses, professorse podem ser incluídos no grupo. 

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