Polícia


MP denuncia acusado de matar jovem após discussão envolvendo cachorro em Santa Maria

Vinícius Valério Dutra, de 19 anos,vai responder por homicídio quadruplamente qualificado por: feminicídio, motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio que gerou perigo comum.
13/01/2021 G1

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou Vinícius Valério Dutra, de 19 anos, pela morte de Gabriela Dalenogare Cogo, ocorrida em Santa Maria, na Região Central do estado, na noite de 12 de dezembro de 2020. A denúncia foi protocolada segunda-feira (11) e divulgada nesta quarta (13).

No documento, a promotora de Justiça Giani Pohlmann Saad acusa o homem dos crimes de homicídio quadruplamente qualificado por: feminicídio, motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio que gerou perigo comum.

Gabriela foi morta a tiros após discutir com o acusado em razão de bombinhas que ele teria jogado na rua, assustando o cachorro da família. Depois da discussão, Vinícius teria voltado armado e atirado contra a vítima.

O advogado de Vinícius, Wedner Lima, disse ao G1 que ele alega que não tinha a intenção de matar, e que "a provocação dos fatos se deu por ameaça anterior do marido da vítima".

Sobre a denúncia do MP, a defesa informou que recebeu com surpresa as qualificadoras.

"Com absoluta certeza não se trata de feminicídio. O que temos é uma discussão sobre suposto homicídio, o qual será analisado na instrução processual. Vou apresentar a defesa do acusado nos próximos dias, com testemunhas e novos documentos, e requerer a revogação da prisão preventiva", diz.

De acordo com a promotora Giani, imagens de câmeras de segurança juntadas aos autos mostram que o acusado disparou vários tiros após direcionar a arma para o ponto de abertura da porta da oficina do marido da vítima.

"Os fatos se deram por motivo torpe, pois o denunciado agiu buscando vingança devido à reclamação verbal do núcleo familiar da vítima a respeito da inconformidade do uso de bombinhas em direção a cães da família nos dias anteriores ao fato e no dia do ocorrido. E, também, por condições do sexo feminino, qualificadora objetiva do fato", detalha.

Relembre o caso

No dia do crime, Vinícius, que era vizinho da Gabriela, teria acertado uma das bombinhas na área da casa onde ela morava, que fica aos fundos de uma oficina mecânica de propriedade da família do marido. O cachorro da família teria se assustado e Gabriela, junto ao marido e outros familiares, teriam discutido com o jovem por conta disso.

O acusado, ainda segundo a investigação, teria ido para casa, se armado com um revólver e voltado para o local. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele passa a pé atirando contra a oficina mecânica.

Um dos tiros atravessou o portão da oficina e atingiu Gabriela. Ela chegou a receber socorro, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

O homem se apresentou à Polícia Civil e foi preso preventivamente no dia 16 de dezembro, quatro dias após o crime. Ele ficou em silêncio durante o depoimento, e está na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) desde então.

Ele foi indiciado pela polícia no fim do mês de dezembro.

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