Os dois atuais lanternas do campeonato estão no caminho do Inter até a pausa para a Copa América. Avaí e Vasco, nesta ordem, são os adversários colorados antes da rodada final, quando a equipe de Odair Hellmann receberá o Bahia, em 12 de junho. O cenário, portanto, é animador, deixando como possível projetar (e até desejar) conquistar os nove pontos possíveis. 

Se fizer os 100% de aproveitamento nos jogos que restam, o time terá alcançado uma campanha superior à do mesmo período no ano passado. No Brasileirão de 2018, o Inter terminou a nona rodada na quinta posição com 15 pontos (cinco atrás do então líder Flamengo). Atualmente, acumula 10 pontos, podendo chegar a 19. 

Odair demonstrou empolgação após a partida contra o Paysandu, pela Copa do Brasil. No vestiário do Estádio Mangueirão, em Belém, o treinador declarou, deixando clara a concentração e a importância dessa sequência final para o grupo:

— Ganhamos mais uma, passamos de fase. Essa confiança e esse abraço são a força desse time. Não vamos deixar cair. Temos três jogos do Brasileiro para fechar bem, lá em cima, onde estamos fazendo por merecer e não da boca para fora.

Para essas partidas, informou o vice de futebol Roberto Melo, o Inter utilizará toda a força máxima disponível. Isso significa, por exemplo, Paolo Guerrero contra o Avaí (o peruano apresenta-se em sua seleção, para a Copa América, na segunda-feira). Depois, Rafael Sobis deve ser titular nas duas partidas seguintes. Nico López, ausente da lista final do Uruguai, continuará à disposição. Uendel, caso não tenha lesão diagnosticada após sair mais cedo da partida da Copa do Brasil, também seguirá no time. Se não puder, Zeca será deslocado para a lateral esquerda, com a entrada de Bruno na direita. 

O primeiro adversário, Avaí, chega a Porto Alegre sem ter vencido no Brasileirão. O sistema defensivo até não é problema: levou sete gols em seis partidas. O problema é que o ataque só marcou quatro vezes. O Vasco, que receberá o Inter daqui a exatamente uma semana, ocupa a última posição e tem o pior saldo de gols, com 12 negativos. O Bahia, que encerra a primeira leva de jogos em 12 de junho, é o inimigo mais perigoso: está com os mesmos 10 pontos do Inter e eliminou o São Paulo da Copa do Brasil.

O CALENDÁRIO COLORADO

INTER X AVAÍ — Domingo, 2/6 — 19h

O Avaí veio da Série B com um objetivo traçado: manter-se na elite do futebol brasileiro. O começo tem sido difícil. Com três pontos, o time de Florianópolis é o penúltimo colocado.

— A equipe precisa se reforçar, e os dirigentes admitem isso, mas também destacam a dificuldade para contratar. Apenas contra o Vasco conseguiu ter uma atuação regular. Para o jogo com o Inter, acredito que Geninho não vai fugir daquilo que vem fazendo, mas para alcançar a primeira vitória ele precisa tirar um coelho da cartola — afirma Janniter Decordes, setorista do Avaí na Rádio CBN Diário.

VASCO x INTER — Sexta-feira, 7/6 — 20h30min

Com Vanderlei Luxemburgo no comando desde a 5ª rodada, o clube carioca tenta sair de incômoda posição que assombra a torcida, a lanterna do campeonato, com três pontos. 

— Vanderlei Luxemburgo quer um Vasco veloz e seguro na defesa. A ideia é armar o time com três volantes, para dar maior segurança no setor e liberar os laterais, Pikachu e Danilo Barcelos. Em casa, não teve bons resultados (perdeu para o Atlético-MG e empatou com o Avaí). São Januário costuma estar lotado, e a torcida apoia, mas costuma perder a paciência rápido. Hoje, o melhor jogador do Vasco é Rossi, velho conhecido do Inter. O atacante costuma jogar aberto pela direita e usar sua velocidade para criar jogadas de perigo — avalia Felipe Schmidt, setorista do Vasco no GloboEsporte.

INTER X BAHIA — Quarta-feira, 12/6 — 21h30min

Com 10 pontos na oitava posição, a equipe de Roger Machado perdeu duas partidas (Botafogo e Athletico) e empatou com o São Paulo. 

— O Bahia tem sido muito forte na transição ofensiva, a busca pelos contragolpes em velocidade, sobretudo explorando os flancos. Diante do Inter, no Beira-Rio, deve buscar atuar de modo mais reativo, da mesma maneira que encarou o São Paulo no Morumbi (pelo Brasileirão e pela Copa do Brasil). Inclusive, esta mudança de postura e de formação tática, incluindo mais um volante, ofereceu sustentação ao sistema defensivo, o que estava sendo um dos pontos fracos do Bahia — observa Michel Corbacho, comentarista da Rádio Excelsior, de Salvador.