A linda história entre D'Alessandro e Maria Rita, a menina que o craque homenageou no Beira-Rio
Foi em 2013 que iniciou a relação de amor, carinho e afeto entre D'Alessandro e a menina Maria Rita Flores, que morreu neste sábado (1), vítima de uma parada cardíaca aos 12 anos de idade. Há seis anos, o argentino fez uma visita à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e lá encontrou Maria Rita, colorada e fã incondicional do dono da camisa 10 do Inter.
D'Ale era um dos grandes amores da vida de Maria Rita. Um ano após o encontro, veio o convite para entrar no gramado do Beira-Rio de mãos dadas com o ídolo. Foi no dia 25 de outubro de 2014, na partida entre Inter x Bahia, que Maria Rita realizou o seu sonho. À época, a menina tinha sete anos e, desde então, o vínculo com D'Alessandro só se fortaleceu. Ela participou de todas as edições do Lance de Craque e, com frequência, o argentino buscava informações sobre Maria Rita por meio de um amigo em comum das famílias.
Michel Flores, pai de Maria Rita, lembra com muito carinho o que significava D'Alessandro para a filha:
— Era uma paixão fora do comum, Deus o livre alguém falar mal do D'Alessandro perto dela.
Maria Rita morreu no último sábado, vítima de parada cardíaca. Ela nasceu com a Síndrome de Warkany, que pode provocar dismorfismo facial, atraso mental ligeiro e anomalias nas articulações. No caso de Maria Rita, as consequências da síndrome eram leves. Tanto que, mesmo com dificuldade, ela conseguia se deslocar. Na vitória sobre o Avaí, neste domingo, D’Alessandro jogou com uma fita preta no peito em luto pela morte de Maria Rita. A camiseta será leiloada e o dinheiro, revertido para a família da menina.
Assim que soube da morte, D'Ale prestou uma homenagem para a menina em sua conta no Instagram:
"Hoje, me deparei com uma notícia muito triste, pra mim e todos que a conheceram: Maria Rita. Uma doçura de pessoa, uma menina que me hipnotizou no seu primeiro olhar... O carinho que ela me brindou cada vez que a gente se encontrava era força e luz para mim. Sendo pai, tudo é diferente e acredito que não precisa ser de sangue pra querer bem alguém. Vou ter saudades...o carinho continua e tu foi pra mim um ensinamento na vida fora dos campos. Aproveito pra mandar forte abraço à família. Minhas condolências e esta sincera mensagem. Que Deus conforte a todos!"
Em um dos encontros com D'Alessandro, Maria Rita recebeu uma bola autografada pelo ídolo, objeto que imediatamente passou a ser o seu companheiro diário. Além disso, Maria Rita possuía uma camiseta da AACD também com a assinatura do ídolo.
Michel Flores não tem palavras para definir o que representou a presença de D'Alessandro na vida da filha e tem certeza de que, onde quer que ela esteja, está brilhando.
— Ela era uma menina de muita luz, ela era iluminada e é assim que eu vou lembrar dela.