Polícia


Integrantes da equipe do cantor Dilsinho são acusados de estupro coletivo em SC

A "festa" que começou no camarim, com a presença do pagodeiro, virou caso de polícia e dois foram denunciados pelo Ministério Público
17/05/2021 ND Mais
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“Eu faço tratamento psicológico, psiquiátrico, tomo remédio para dormir, para acordar, para respirar, tomo remédio para viver”. É assim que a jovem Rebeca* define a vida desde o dia 3 de novembro de 2019.

Naquela noite, Rebeca e duas amigas saíram para o show de um dos artistas preferidos. No Parque da Efapi, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, quem subiu ao palco foi o cantor Dilsinho. As amigas estavam grudadas na grade de proteção da área VIP, realizando o sonho de ver o artista. Depois do show, começaram as horas que, até hoje, não se apagam da memória de Rebeca.

As amigas foram convidadas ao camarim para conhecer o cantor e a equipe. Foi neste momento que começou o pesadelo de Rebeca.

“Quando chegamos na porta do camarim, tinha um segurança recolhendo todos os celulares. Deixamos tudo ali. Assim que chegamos já fomos apresentadas ao Dilsinho, conhecemos todo mundo, veio o rapaz da banda e ofereceu bebida e aceitamos. Estávamos conversando, dançando e eu estava abraçada no Dilsinho, quando veio o André Bezerra e ofereceu mais bebida. Eu aceitei e ele fez um gesto que iria pegar meu copo. Eu entreguei e, depois disso, não lembro de mais nada”, relata. As memórias do que aconteceu depois se tornaram flashes.

Na lista da banda e do staff de Dilsinho, os dois nomes que doparam e estupraram após o show, conforme Rebeca: André Luiz Bezerra (iluminador) e Paulo Xavier Goulart Junior (músico).

"Quando eu acordo, o primeiro flash que eu lembro, eu estou deitada na cama, bem onde termina a cama, e estava acontecendo sexo anal com o André Bezerra. Eu acordo porque estou me afogando, sem conseguir respirar. Acordo com o pênis do Junior Goulart na minha garganta. Aí eu começo a passar muito mal. Empurro ele para o lado, viro para o lado da parede e vomito muito. Eu lembro de deitar de novo e eles continuam. Passo mal de novo porque ele continua com pênis na minha garganta, vomito mais, passo mal, deito e eles continuam. Nesse momento, eu começo a gritar ‘para, por favor, por favor para’”, lembra.

O estupro teria acontecido em um hotel no Centro de Chapecó, depois que as três amigas foram convidadas até o local após saírem do camarim. Lá, uma das amigas já estava ficando com um dos integrantes da banda. Elas e dois homens foram de táxi até o hotel onde toda a equipe se hospedou para o evento.

“O que as meninas contaram é que eu estava atrás, sentada no colo do André Bezerra, e a Mariana* no colo do Daniel, que é produtor do Dilsinho. Elas contam que eu estava muito eufórica, gritava, fazia gemidos e elas não sabiam se eu já estava transando com ele dentro do táxi, mas isso não é do meu feitio. Eu nunca fiquei bêbada, nunca usei nada. Eu nunca saía, aquela era a primeira vez que nós saíamos juntas, então não era normal para mim”, conta.

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