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Treze Estados, incluindo RS, e DF apresentam tendência de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, aponta boletim da Fiocruz

Síndrome Respiratória Aguda Grave é provocada na maioria das vezes pela Covid-19
04/06/2021 O Sul

Treze Estados brasileiros e o Distrito Federal apresentaram tendência de aumento nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que atualmente é causada na maioria das vezes pela Covid-19, na semana de 23 a 29 de maio. A informação é do novo boletim do InfoGripe, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Vacina

Doze Estados e o DF tiveram crescimento na tendência de longo prazo, que analisa a variação média no número de novos casos nas seis semanas anteriores e, portanto, suaviza o efeito de oscilações e é considerado um sinal “forte” das tendências de queda, estabilização ou aumento de casos. Foram eles Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Tocantins.

Já o Ceará apresenta sinal moderado de crescimento apenas na tendência de curto prazo, que analisa as notificações das últimas três semanas, portanto é um índice que aparece mais rápido, mas também é mais suscetível a mudanças, e por isso deve ser interpretado com cautela.

Apenas um Estado brasileiro, Roraima, registrou tendência de longo prazo de queda nos casos. A SRAG é um conjunto de sintomas associados a doenças respiratórias. São os casos graves, notificados nos hospitais. As análises do boletim são feitas com base nos dados inseridos no sistema Sivep-Gripe, do Ministério da Saúde.

Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe e pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz, explica que se mantém uma tendência observada nas últimas semanas, que mostra uma interrupção na queda dos casos. “Agora temos mais estados na situação ou de interrupção de queda ou retomada de crescimento. Continuamos caminhando na direção de um possível novo pico”, afirma.

Nos demais Estados, foi observado sinal de estabilidade nas duas tendências, de longo e curto prazo, no Acre, Amapá, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia, Santa Catarina, e Sergipe.

Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo têm sinal de estabilidade apenas na tendência de longo prazo, e de queda no índice de curto prazo. Goiás também tem tendência de queda na análise mais curta, das três semanas anteriores, mas apresenta sinal de crescimento no índice que analisa seis semanas.

O boletim alerta que, entre os Estados com tendência de estabilidade, muitos ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020.

Queda não se manteve “por tempo suficiente”

Na avaliação do pesquisador da Fiocruz, é fundamental a mobilização de autoridades, governos, setor privado e população para voltar à situação do final de março, que era de sinal de queda nos casos de SRAG. “Isso é algo que estamos alertando há semanas: quando começou a queda, era preciso muita cautela em relação a começar flexibilizações, justamente para evitar esse cenário atual. Não se manteve a queda por tempo suficiente para chegar a uma situação de segurança. Esse é o desafio que vem desde o ano passado. Ou as medidas [para conter o avanço do coronavírus] são insuficientes ou são mantidas por tempo insuficiente”, diz Gomes.

Gomes avalia que a possibilidade de um novo pico ser pior do que o último depende das atitudes tomadas a partir de agora. Ele explica que quanto mais se espera para adotar restrições, mais difíceis elas se tornam, pois serão necessárias medidas mais rígidas e por mais tempo. O coordenador do InfoGripe também avalia que a variante indiana, que já foi detectada no país, pode contribuir para piorar o cenário atual.

“Nada leva a crer que já exista um impacto da variante indiana, mas ela pode ser um agravante. Estamos com uma exposição muito grande, facilitando a transmissão. O cenário atual é extremamente propício para ela se estabelecer e qualquer variante se espalhar”, salienta.

O pesquisador lembra que números altos de casos como os atuais também são favoráveis ao aparecimento de novas variantes do coronavírus, que podem eventualmente ser de preocupação por ser mais transmissível, letal ou ter possibilidade de escapar da proteção da vacina ou de quem já foi infectado anteriormente.

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