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“Se não privatizarmos a Eletrobras, haverá caos energético”, afirma Bolsonaro

Para o presidente, "quase tudo que é público é levado para a corrupção"
16/06/2021 O Sul

O presidente Jair Bolsonaro se irritou, na manhã desta quarta-feira (16), ao responder a um dos seus apoiadores sobre a privatização da Eletrobras, em discussão no Congresso. Para o presidente, se a estatal não for vendida, haverá caos no sistema energético do Brasil.

“Não vou discutir isso com você aqui. Mas quase tudo que é público é levado para a corrupção. Olha como eram as estatais no passado. Veja a Caixa Econômica. Nós, em dois anos, demos mais lucro do que em 10 dos governos anteriores. Olha como era a Ceagesp, a Itaipu binacional. Agora o pessoal é contra a privatização está de brincadeira. Eu sei que você é sindicalista”, afirmou o presidente.

O Plenário do Senado vai começar a analisar nesta quarta-feira a MP (medida provisória) que trata da desestatização da empresa, tema que está cercado de incertezas. Os senadores têm manifestado desconfiança com as possíveis consequências da medida, insatisfação com as mudanças no texto promovidas pela Câmara dos Deputados e dúvidas sobre a manutenção das suas próprias intervenções no texto final.

Para o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o projeto do governo resultará em redução de tarifas para o consumidor, após mudanças à proposta original de desestatização terem gerado críticas de especialistas e temores de impacto futuro à conta de luz.

A MP já está perto do fim de seu prazo de validade e se ela não for aprovada pelo Congresso até a próxima terça-feira (22), perderá seus efeitos. Caso o Senado alterar o texto, a medida provisória terá de passar por uma nova votação na Câmara para ser definitivamente aprovada no Congresso. Se o prazo expirar sem que haja a aprovação, o governo federal não poderá enviar outra MP sobre o mesmo tema neste ano.

Em meio às discussões, o valor médio da conta de luz dos brasileiros deve ficar entre 7% e 7,5% mais caro. A informação é do diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone da Nóbrega, que participou de audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara.

O motivo é a seca que impede as hidrelétricas de gerar energia, forçando o governo a ativar as usinas termelétricas, mais caras, o que vai encarecer a tarifa das bandeiras tarifárias. O Brasil vive a maior crise hídrica da história, conforme o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

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