Obituário


Morre, aos 69 anos, o escritor e jornalista Artur Xexéo

Xexéo estava internado em uma clínica na Zona Sul do Rio
28/06/2021 O Sul

O escritor e jornalista Artur Xexéo morreu neste domingo (27) aos 69 anos. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio.

Xexéo foi diagnosticado apenas duas semanas atrás com um linfoma de não hodginks das células T. Fez a primeira sessão de quimioterapia na quinta (24) e passou mal à noite. Na sexta (25), teve uma parada cardiorrespiratória, logo revertida. Mas, em função dela, não resistiu e morreu na noite deste domingo.

Entre os seus livros estão “Janete Clair: a usineira de sonhos”, “O torcedor acidental (crônicas)” e “Hebe, a biografia”.

Colunista do jornal “O Globo” e comentarista da GloboNews, ele também teve passagens por “Veja” e “Jornal do Brasil”. Desde 2015, participava da transmissão do Oscar na Globo. Também ficou conhecido no rádio. Na CBN, estreou ao lado de Carlos Heitor Cony como comentarista.

“Tudo que eu faço, o que eu edito, o que eu escrevo, é em nome do leitor. Então eu acho que ele tem o direito de reivindicar, de gostar, de não gostar, de reclamar, de escrever, de se colocar, de se posicionar, eu gosto de participar dessa troca”, afirmou, durante uma das várias entrevistas concedidas na carreira.

Quando jovem, Xexéo chegou a iniciar um curso de engenharia, mas desistiu sem concluir. Aí, entrou em comunicação social, em jornalismo. Mas só no terceiro ano de faculdade ele criou gosto pela profissão. “Já no terceiro ano de faculdade, aí eu gostei, comecei a achar aquele mundo interessante, aquele mundo fascinante, mas tudo teoricamente, não era nada prática”, disse, em entrevista.

Xexéo começou no “Jornal do Brasil” em 1978 como repórter na sucursal do Rio de Janeiro. Conheceu o jornalista Zuenir Ventura e, em 1982, foi convidado para trabalhar na revista “IstoÉ”. Em 1985, virou subeditor da Revista de Domingo, suplemento cultural do Jornal do Brasil.

Ao se aproximar da cobertura cultural, desenvolveu um estilo de texto leve que se tornou a marca do jornalista.

“Eu acho que eu passava essa impressão escrevendo, ‘Ah, eu vejo você falando quando eu leio o que você escreve’. E aí eu comecei a ver as coisas que davam certo, então se tivesse mais humor realmente agradava mais”, contou.

Também foi editor do Caderno B, do caderno de Cidade e subsecretário de redação. Em 1992, foi convidado para ser um dos colunistas do jornal. Em 2000, mudou de casa. Virou colunista do jornal “O Globo”. Foi também editor do suplemento Rio Show e do Segundo Caderno.

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