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Novo método aumentou em 35% a sobrevivência de pacientes com câncer de próstata

A teragnose utiliza uma molécula de alta afinidade para a proteína transmembrana ou PSMA
29/06/2021 O Sul

Na busca incansável por caminhos de saúde e cura em casos de câncer, uma terapia comumente utilizada em diagnósticos de câncer na tireoide vem alcançando resultados animadores em quadros de outros tipos de câncer – incluindo de próstata, o mais comum tipo da doença entre homens. Intitulado teragnose, o tratamento foi a grande atração do último congresso Sociedade Norte-americana de Oncologia Clínica (ASCO), o maior evento do tipo sobre câncer no mundo, realizado recentemente em forma virtual – trazendo até mesmo curas duradouras em casos agudos da doença.

Os resultados principais da aplicação da técnica foram apresentados pelo médico estadunidense Michael Morris, do Centro Oncológico Memorial Sloan Kettering, em Nova York, no congresso: o ensaio contou com a participação de 831 pacientes em situação grave e habitualmente letal da doença. A conclusão, apresentada como “espetacular” trouxe uma sobrevida de 35% para os homens que passaram pela terapia: os pacientes que se trataram com teragnose viveram em média 15,3 meses a mais, contra 11,3 dos que passaram por terapia padrão.

A diferença de cerca de 4 meses pode parecer pouco, mas para o quadro de pacientes desenganados, em que outros tratamentos como a quimioterapia já haviam deixado de funcionar, a diferença é animadora e considerável – houve casos específicos em que o resultado concreto foi ainda mais longo. Um exemplo apresentado pelo médico espanhol José Luis Carreras em um congresso na Real Academia Nacional de Medicina, de Madrid, relata o caso de um paciente alemão de 62 anos, diagnosticado com um câncer de próstata em disseminação massiva com metástase óssea, que há três anos está livre da doença após o tratamento.

O que é a teragnose?

O nome consiste na reunião das palavras “terapia” e “diagnóstico”, e utiliza uma molécula de alta afinidade para a proteína transmembrana ou PSMA, presente em quase todos os cânceres de próstata. Para o diagnóstico a molécula se combina ao gálio-68, um elemento químico radioativo que brilha em tomografias especializadas. A mesma molécula se liga a outro elemento, o lutécio-177, para emitir radiação matando diretamente as células cancerígenas.

Os resultados positivos da aplicação do tratamento também se revelaram promissores em outros tipos de câncer, como em neuroendócrinos.

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