Polícia


Camaro da Polícia Civil vai a escolas para mostrar que "crime não compensa"

Concurso de redação nas escolas municipais está sendo lançado e prevê, como parte da premiação, chance de passear pela cidade de carona no carro, avaliado em R$ 130 mil
07/06/2019 Gaúcha ZH

O Camaro que já foi amarelo e ganhou as cores da Polícia Civil, em Passo Fundo, é muito mais do que um carro de luxo a serviço da segurança pública.

— Era um ícone de ostentação desses criminosos. Agora, é um símbolo de que o crime não compensa. Por isso, fizemos questão de colocar os adesivos da polícia — diz o promotor Julio Ballardin, que atua na Operação Pólis, que resultou na apreensão do automóvel no ano passado.

A simbologia em torno do carro é tanta que o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil estão lançando, nesta sexta-feira (7), um concurso de redação nas escolas municipais com o tema "Por que o crime não compensa". Parte da premiação será a possibilidade de passear pela cidade de carona no agora Camaro da polícia. O lançamento está sendo feito na Escola do Hoje, no bairro São José.

— Quando o veículo parou na frente do prédio do MP, as crianças ficaram encantadas, até comparando com o personagem do (filme) Transformers (Bumblebee, que é um Camaro amarelo) — conta o promotor.

Na escola, o carro virou atração. Enquanto o promotor conversava com as crianças (de seis a 12 anos) sobre o projeto, o delegado Diogo Pereira, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Passo Fundo, entrou no pátio de surpresa com o Camaro.  A diretora da Escola do Hoje, professora Vanderléia Lara Salles, vê com animação a iniciativa:

— Acredito que seja um alerta importante. Nós, como educadores, acreditamos que o bem tem que vencer e tentamos passar isso aos alunos — diz.

O uso do veículo de luxo, avaliado em R$ 130 mil, surpreendeu a população. Houve até críticas sobre gastos para manutenção do carro e sobre sua funcionalidade no trabalho policial.

Na Polícia Federal, a utilização de veículos apreendidos com criminosos é uma rotina. Cerca de cem automóveis, inclusive de modelos de luxo, estão em uso pelos agentes da corporação com autorização da Justiça Federal, em Porto Alegre e nas 13 delegacias do Interior.

— A celeuma é porque está adesivado. Temos outros sete ou oito carros bons, apreendidos com traficantes ou em casos de lavagem de dinheiro, que também são usados pela polícia. Da Operação Pólis, temos também uma caminhonete Santa Fé em uso. Mas são viaturas discretas e ninguém fala. Acho que tem maldade e também ignorância sobre a lei — destaca Ballardin sobre as críticas.


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