Pai entrega filho à polícia do RS por suspeita de assassinato
Paulo Eduardo Scaravonatto, de 19 anos, foi preso, no último sábado, por suspeita de ter matado Joana Fabris de Deon, também de 19. Foi o próprio pai do jovem que o entregou para a polícia, segundo a delegada Deise Ruschel, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, onde aconteceu o crime. Paulo teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por feminicídio e está no presídio de Bento Gonçalves. Em depoimento, ele alegou que o disparo que atingiu Joana foi acidental, feito por ela mesma.
O crime aconteceu na madrugada de sábado, no bairro Ouro Verde. Após Joana ser ferida, Paulo chamou o pai e os dois a levaram até o Hospital Tacchini, onde ela acabou morrendo. Os funcionários da unidade de saúde acionaram a Brigada Militar, como é praxe em casos de morte violenta. Paulo foi levado para a delegacia da região onde alegou que ele e Joana haviam sido assaltados e, como ela reagiu, foi ferida.
Paulo acabou sendo liberado. Mas, diante da informação passada pelo pai dele, os policiais foram até a casa da família, onde o encontraram. A arma do crime, um revólver calibre 38 ainda não foi achado.
"O pai disponibilizou a chave da casa e autorizou as diligências", disse a delegada Deise Ruschel.
Levado para a Deam, Paulo deu uma segunda versão para o crime, na tarde de sábado, a de que o disparo foi acidental. O pai dele também foi ouvido e, de acordo com a delegada , deu um depoimento detalhado. A policial, porém, não quis revelar o que ele contou.
A polícia ainda tenta definir qual era o tipo de relação entre Paulo e Joana — a família da vítima nega que eles fossem namorados.
"O fato é que eles tinham um relacionamento íntimo e afetivo. Por isso ele responde por feminicídio", afirmou Deise.