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Isaquias Queiroz conquista o ouro na canoagem individual da Olimpíada de Tóquio

Atleta faz história ao subir a um pódio olímpico pela quarta vez em duas edições do evento
07/08/2021 O Sul

O atleta baiano Isaquias Queiroz, 27 anos, conquistou nos primeiros minutos deste sábado (horário brasileiro) a medalha de ouro na prova “C1 1000m” da canoagem da Olimpíada de Tóquio. Na prova, disputada em um canal na baía da capital japonesa, ele registrou tempo de 4min 4s 408, seguido por Liu Hao (China) com 4min 5s 724 e por Serghei Tarnovschi (Moldávia), com 4min 6s 069.


Antes da finalíssima, uma chuva forte caiu na baía de Tóquio em decorrência da passagem de um tufão na região. Cerca de 20 minutos antes da largada, porém, o céu deu uma trégua, permitindo que a disputa se desenrolasse sem problemas.


Nas eliminatórias, disputadas na manhã de sexta-feira no Japão (quinta à noite no Brasil), Isaquias já havia se imposto com o melhor tempo no geral. Na manhã deste sábado, venceu a segunda bateria semifinal e, após sorteio, foi balizado na raia 4 na final.


O baiano havia terminado a final do C2 1000m, na quarta-feira na quarta posição ao lado de Jacky Godmann. Depois da disputa, ele chorou, passou mal e decidiu que entraria na briga por medalhas no C1 1000m com disposição redobrada.


Atleta do Flamengo, Isaquias treina há sete anos em Lagoa Santa, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG), sob o comando de Lauro de Souza Júnior, o “Pinda”. Foi descoberto na adolescência em Ubaitaba (BA), sua cidade natal, Isaquias acabou lapidado pelo lendário técnico espanhol Jesus Morlán, que conquistou várias medalhas olímpicas na canoagem velocidade como orientador do compatriota David Cal.


Morlán assumiu a seleção brasileira em 2013 e, dali em diante, Isaquias se tornou um dos maiores canoístas do mundo. O espanhol morreu em 2018 depois de travar uma luta de dois anos com um câncer no cérebro.


Façanhas


O canoísta soma quatro medalhas olímpicas em sua carreira: o ouro de Tóquio, mais duas pratas e um bronze dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016 (trata-se do único brasileiro a obter três metais em uma só edição do evento). Também ostenta 12 pódios em Campeonatos Mundiais (incluindo seis ouros) e quatro em Pan-Americanos (três ouros).


Com as quatro conquistas em Jogos, Isaquias empatou com Serginho (vôlei) e Gustavo Borges (natação). Apenas dois atletas chegaram a cinco medalhas pelo País no megaevento: os velejadores Robert Scheidt (ainda na ativa) e Torben Grael, já aposentado de competições olímpicas.


Tanto Scheidt quanto Torben têm duas medalhas de ouro. Mas o primeiro ostenta duas pratas e um bronze, enquanto o pai da também bicampeã olímpica Martine Grael tem uma prata e dois bronzes.


Isaquias poderia até mesmo empatar com os dois ícones da vela, mas bateu na trave da prova do C2 1000m, cuja final foi realizada na quarta-feira. Ao lado de Jacky Godmann, terminou a distância na quarta posição, atrás de barcos de Cuba, China e Alemanha.


Com apenas 27 anos, Isaquias chegará às Olimpíadas de Paris, em 2024, ainda no topo da forma física, e com um benefício. O programa da canoagem velocidade vai mudar para os Jogos na capital parisiense: saem as provas de 1000m e entram as de 500m, bastante favoráveis ao brasileiro.



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