Jovens que agrediram adolescente em Camaquã foram liberados por júri popular
Após um julgamento por júri popular que durou cerca de doze horas, na noite desta segunda-feira (30/08), o juiz criminal Felipe Valente Selistre proferiu a sentença a dois jovens acusados de tentativa de homicídio por agressão a outro rapaz, em abril de 2020, na praça Zeca Neto, no centro de Camaquã.
O magistrado anunciou a decisão do júri que acatou a tese da defesa e desqualificou o crime para lesões corporais gravíssimas. Desta forma os jovens que cumprem prisão preventiva no Presídio Estadual de Camaquã desde maio de 2020, devem ser postos em liberdade.
Os acusados foram representados pelos advogados de defesa Luciano Miranda de Freitas, Saul Kazanowski, Vinicius Rocha e Ricardo César Cidade.
A acusação ficou a cargo do Promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein. Vinte e cinco pessoas foram convocadas para atuar como jurados. Depois de um sorteio, sete delas foram dirigidas para a tribuna.
O caso
Em abril de 2020 câmeras de videomonitoramento flagraram os suspeitos agredindo um jovem no centro da cidade. A polícia investigou e conseguiu identificar os agressores. Ao serem interrogados os suspeitos relataram que estavam reunidos em um grupo bebendo na praça Zeca Neto, quando um outro rapaz apareceu e tentou furtar um telefone celular de um deles, mas foi advertido e fugiu.
Algum tempo depois os jovens saíram da praça e, segundo eles em depoimento, estavam com raiva do ocorrido e decidiram descontar na primeira pessoa que encontraram. Eles agrediram um adolescente que passava aleatoriamente, derrubando e chutando a vítima que teve traumatismo craniano e a face gravemente ferida.