Brasil registra 173 mortes por Covid em 24 horas; sistemas seguem com problema pelo 7º dia após ataque hacker
Sem novos dados de 4 Estados, o Brasil registrou nesta quinta-feira (16) 173 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, com o total de óbitos chegando a 617.521 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 145. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -30% e aponta tendência de queda.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quinta. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Após um ataque hacker no site do Ministério da Saúde, no aplicativo e na página do ConecteSUS – plataforma que mostra comprovantes de vacinação contra a Covid-19 – na madrugada de sexta-feira (10), diferentes Estados passaram a informar problemas para colher dados de casos e mortes dos sistemas do ministério. Nesta quinta, as secretarias de GO, MS, PB e TO não informaram novos dados.
É o 7º dia seguido com problemas apontados por diferentes Estados na captação dos dados de casos e mortes nos sistemas do ministério desde o ataque.
No domingo (12), o ministério da Saúde informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. Mas no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão de estabilização dos sistemas, colocada para terça-feira (14) pelo ministro, não foi cumprida.
Média móvel
Sexta (10): 183
Sábado (11): 179
Domingo (12): 181
Segunda (13): 170
Terça (14): 151
Quarta (15): 150
Quinta (16): 145
Em 31 de julho, o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia, 22.203.136 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 3.805 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 3.944 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -55% em relação aos casos registrados em duas semanas, indicando queda nos diagnósticos.
Em seu pior momento, a curva da média móvel nacional chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho deste ano.
Estados
Em alta (4 Estados e o DF): MT, AP, DF, SE, RR
Em estabilidade (6 Estados): PE, PA, RN, RO, AM, BA
Em queda (12 Estados): PR, CE, MG, SP, PI, RJ, AL, SC, ES, RS, MA, AC
Não informaram (4 Estados): GO, MS, PB e TO
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás.
Há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados.
Vacinação
Os dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados às 20h desta quinta-feira (16) mostram que 141.083.188 pessoas tomaram a segunda dose ou dose única de vacinas e, assim, estão totalmente imunizadas. Este número representa 66,14% da população. 14 Estados não divulgaram dados da vacinação sete dias após ataque hacker ao Ministério da Saúde.
A dose de reforço foi aplicada em 22.195.260 pessoas, o que representa 10,17% da população.
160.522.290 pessoas, o que representa 75,25% da população, tomaram ao menos a primeira dose de vacinas.
Somando a primeira dose, a segunda, a única e a de reforço, são 323.800.738 doses aplicadas desde o começo da vacinação.
Os Estados com maior porcentagem da população imunizada (com segunda dose ou dose única) são: São Paulo (77,69%), Mato Grosso do Sul (71,45%), Minas Gerais (69,97%), Rio Grande do Sul (69,74%) e Santa Catarina (69,42%).
Já entre aqueles que mais tem sua população parcialmente imunizada estão São Paulo (81,90%), Santa Catarina (78,72%), Paraná (77,85%), Piauí (77,80%) e Rio Grande do Sul (77,66%).