Agronegócio


Após pico puxado pela safra recorde de grãos, PIB do RS cai 3,5% no 3º trimestre de 2021

As taxas de crescimento devem ser inferiores às observadas em 2020 para o estado, diz a pesquisadora
14/01/2022 G1

O produto interno bruto (PIB) do Rio Grande do Sul caiu 3,5% no terceiro trimestre de 2021 em comparação com os três meses anteriores, conforme boletim do Departamento de Economia e Estatística (DEE) divulgado nesta sexta-feira (17). O órgão afirma que a redução foi influenciada pela alta base de comparação do segundo trimestre, com safra recorde de grãos.


O recuo foi ocasionado pela retração de 10% na agropecuária. Contudo, a queda verificada no setor é considerada pouco representativa, pois a produção do trimestre tem pouca importância, aponta o DEE. Os setores da indústria (1,7%) e de serviços (1,5%) cresceram no período.


"A economia gaúcha, no contexto da economia internacional e brasileira, tem sentido efeitos, por exemplo, de problemas de descasamento entre oferta e demanda e gargalos na oferta de insumos", afirma a pesquisadora Vanessa Sulzbach.


Os custos de energia e da inflação também pesaram na queda, assinala a pesquisadora do DEE. No acumulado de 2021 até o fim de setembro, o PIB do RS aumentou 12,2%, sinalizando uma recuperação maior que a do Brasil, que cresceu 5,7% no mesmo período.


"Recuperando, portanto, os efeitos da estiagem que acometeu o estado em 2020 e também recuperando alguns efeitos da pandemia", complementa Sulzbach.


Entre janeiro e novembro, as exportações gaúchas superaram US$ 19 milhões, um crescimento de 49,8% em relação ao mesmo período de 2020.


A criação de empregos formais voltou a crescer a partir de maio de 2021, de acordo com o DEE. No acumulado dos últimos 12 meses, houve criação de 183.264 vagas. Os maiores números foram na indústria de transformação (68.590), serviços (54.507) e comércio (48.886).


Projeção para 2022


Os especialistas do DEE, órgão vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), observam com incerteza o cenário da economia para 2022. A estiagem dos últimos meses e do início deste ano, a pandemia, os juros elevados e a inflação colaboram para as dúvidas.


"Pelo lado da agropecuária, há grandes incertezas. Há dados mostrando que deve vir uma nova estiagem, com efeito do La Niña, mas a magnitude ainda é incerta. Pelo lado da produção industrial, se espera boas notícias até o final do ano, sobretudo a retomada de uma importante montadora de veículos aqui do estado", pondera Vanessa Sulzbach.


As taxas de crescimento devem ser inferiores às observadas em 2020 para o estado, diz a pesquisadora.





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