Filho de um pastor evangélico, Gabriel Henrique Santos Souza Masioli, de anos 28, foi preso no dia 4 de fevereiro de 2022 após confessar ter matado a amante Antonieli Nunes Martins, de 32 anos, mesmo ela estando grávida. Ele a enforcou até desmaiar equanto eles estavam dorminho de conchinha na sexta-feira (3.fev.21), dias após decobrir que seria pai, em Pimenta Bueno (RO). (Entenda abaixo). 

Segundo a polícia, Gabriel matou a mulher porque não queria assumir a paternidade.  

O suspeito disse, em depoimento, que imobilizou Antonieli Nunes Martins com um golpe de mata-leão, enquanto eles estavam deitados de 'conchinha' na cama. O depoimento foi prestado na delegacia de Pimenta Bueno (RO).

No auto de qualificação e interrogatório feito na sexta-feira (4.fev), Gabriel disse ao delegado que é casado, mas há 10 meses mantinha um relacionamento extraconjugal com Antonieli, sua também colega de trabalho. "Algumas pessoas da empresa sabiam do nosso caso", relatou ele, que é técnico de informática. 

DESCOBERTA 

Segundo o suspeito, na terça (1°. fev) a vítima pediu para conversar com ele de forma urgente e não poderia ser por chamada de vídeo. Após o fim do expediente deste dia, Gabriel contou que Antonieli o buscou e eles foram até uma casa — alugada para eles se encontrarem escondidos. Lá, a jovem grávida disse ao assassino sobre a gravidez. 

“Ela pegou uma caixinha no guarda-roupas e dentro havia uma roupa de bebê e um teste de gravidez com resultado positivo", relembrou o autor em depoimento.

Ainda segundo o suspeito, ele não tinha dúvidas que o bebê era seu e em certo momento da conversa com Antonieli, a vítima afirmou que iria ficar com a criança e não iria esconder a paternidade.

Gabriel, então, afirmou que na terça-feira eles ainda dormiram juntos, pois ficaram 'de boa'.

24H DEPOIS...  

O suspeito pediu para se encontrar de novo com a vítima na quarta-feira (2.fev). Após sair do expediente na empresa onde trabalhavam, eles foram para a casa alugada para os encontros. Segundo o suspeito, no local, Antonieli perguntou se ele iria assumir a criança.

O filho do pastor disse ainda que estava em choque e pediu um prazo até sexta-feira (4.fev) para contar a sua esposa, com quem tem 1 filho e também contar aos seus familiares sobre o relacionamento extraconjugal e a gravidez.

Gabriel disse que ele e Antonieli ficaram deitados de 'conchinha' na cama após essa conversa e foi aí que teria tido uma crise [de ansiedade] e começou a enforcar a vítima.

"Ela estava deitada no meu braço esquerdo, de costas pra mim, quando do nada dei um mata-leão, imobilizando-a também com as pernas. Ela se debateu e lutou contra a própria morte", contou com frieza o suspeito.

Gabriel afirmou que só parou o mata-leão quando não sentia mais o próprio braço, "de tanto que havia apertado o pescoço" de Antonieli.

CRUELDADE

Após a vítima ficar desacordada na cama, o suspeito disse que sentou no chão e chorou.

Segundo ele, nesse momento percebeu que Antonieli ainda estava viva e sem recuar foi até a cozinha da casa e pegou uma faca grande e a enfiou no pescoço da vítima, desacordada sobre a cama.  

Ao delegado, o técnico de informática ainda disse que logo depois pegou a faca, o celular, a caixinha com teste de gravidez de Antonieli e jogou tudo no rio que passa dentro da cidade.

ACHADO DO CORPO

O corpo de Antonieli foi encontrado na última quinta-feira (3.fev), após os parentes irem na casa dela para verificar o que estava acontecendo, pois, a mulher não apareceu para trabalhar e nem respondia mais as mensagens de celular.

Ao entrarem na casa, que estava com a porta destrancada, os parentes se depararam com a mulher morta em cima da cama.

De acordo com o Ministério Público (MP), Gabriel compareceu à delegacia e no primeiro momento, não ficou preso porque já havia passado o período de flagrante.

No entanto, na sexta-feira (4), ao ser informado da prisão decretada pela Justiça de Pimenta Bueno, se apresentou a polícia e se encontra preso.