Polícia


Golpe dos nudes: 17 criminosos são presos ao exigir dinheiro para custear falso tratamento das vítimas no RS

As ações acontecem em Esteio, Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Montenegro, Torres, São Borja, Osório, São Leopoldo e Itaqui
22/02/2022 O Sul

A Polícia Civil, que realiza operação em 10 cidades do RS nesta terça-feira (22), informa que pelo menos 14 pessoas foram lesadas em uma nova versão do golpe dos nudes no Estado, em São Paulo e até no Japão. Dezessete foram presas e encaminhadas ao sistema prisional.


São cerca de cem agentes que cumpriram 19 mandados de prisão temporária e 23 de busca em Esteio, Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Montenegro, Torres, São Borja, Osório, São Leopoldo e Itaqui.


O golpe, bastante conhecido e já investigado pela polícia, consiste em um primeiro contato por um rede social ou WhatsApp, onde uma pessoa “jovem e bonita” instiga uma vítima a trocar mensagens de cunho sexual e fotos intimas.


Na sequência, outra pessoa se apresenta como pai da jovem, dizendo que a filha é menor de idade e a conduta da vítima se amolda ao crime de pedofilia.


Para não denunciar, isto é, para não levar o fato ao conhecimento policial, acarretando, consequentemente, na prisão da vítima, o suposto pai da adolescente exige depósitos em dinheiro, a maioria entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. Na maioria das vezes, após o recebimento dos valores, o criminoso continua exigindo dinheiro dizendo que haverá a necessidade de submeter sua filha a tratamento psicológico ou, ainda, exigindo o depósito de valores para reparar prejuízos materiais.


A polícia informa que é bastante comum também, nesses casos, a presença de uma quarta pessoa envolvida, que se apresenta falsamente como policial. Ela muitas vezes se apresenta com fotos e nomes reais retirados das redes sociais, dizendo que está sendo registrada uma ocorrência, e que será expedido mandado de prisão, causando desespero na vítima.


Investigação desde setembro


A investigação teve início em setembro de 2021, quando foram identificados diversos indivíduos vinculados a detentos ou ex-presidiários.


A delegada Luciane Bertoleti, titular da delegacia de polícia de Esteio, afirma que “essa ação é outra ofensiva de combate aos crimes virtuais que tiveram um aumento expressivo no período de confinamento.”


O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Metropolitana, delegado Mario Souza, destaca que “é uma grande investigação contra o crime organizado, focada na desarticulação de esquemas de golpes virtuais.” E que “chama atenção a criatividade dos criminosos em forjar falsos policiais e delegacias que realizavam golpes até contra vítima no Japão.”

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