Agricultura


Mega Raça chega no país e quer mudar o setor

A pecuária de corte brasileira ganha mais uma raça, ou melhor, uma mega raça para sua composição; Ela promete maior rendimento e lucro aos pecuaristas
23/03/2022 Compre Rural

As raças para a pecuária de corte são inúmeros, mas algumas acabam se destacando pela maior disseminação e utilização nos rebanhos nacionais. Entretanto, a nova raça de corte que chega ao país, faz parte de um “cruzamento do melhor de cada raça“, ou seja, um animal que apresenta um verdadeiro “caldo genético” composto e complexo. Conheça a abaixo como surgiu e os detalhes da raça SPECKLE PARK! Se ainda hoje existisse a figura do Alquimista, poderíamos afirmar que surgiu um novo produto, digamos “genético-alquimista”, na pecuária bovina de corte, advindo de um Alquimista Pecuário Geneticista.

Inédita entre criatórios brasileiros, a Speckle Park, conhecida como “a raça que deu sorte” deve trazer grandes inovações na pecuária e é fruto do cruzamento de grandes raças. Ela terá seus registros genealógicos operacionalizados pela Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC).

Mostrando para o setor pecuário que é uma oportunidade de agregar valor e desenvolver uma nova raça de corte. Já existem 6 pecuaristas interessados em importar o material genético e dar início à criação do Speckle Park no país. 20% do Angus, 28% do Shorthorn, 2% do Jersey, 15% do Galloway, 15% do Lineback, 15% do White Park e 5% de Highland. E surge uma nova raça bovina de corte. E nesse “caldo genético” surge o componente – sorte -. Sorte pelo simples fato de não ter sido relegado à própria sorte, pois dessa mistura genética surgiu a raça: SPECKLE PARK. Raça bovina de corte, que teve sua origem no frio e distante Canadá. Isso lá pelos idos de 1950. E já se vão 57 anos de pesquisas, marketing, desafios, fracassos, sucessos, dúvidas e até chegarmos ao novo século e aos anos 2021.

Essa caminhada genética que se inicia no Canadá, foi para na Austrália. Nos anos de 2006 foi reconhecido como uma raça pura e, agora, chega ao Brasil, para se adentrar e fazer parte da genética do maior rebanho comercial do mundo, prometendo melhores carcaças no abate e melhor rendimento para os pecuaristas do setor!

No continente dos Cangurus foi aceito por mais de 500 pecuaristas, que vislumbraram uma nova oportunidade de atender as exigências bovinas ao meio ambiente e não o meio ambiente aos bovinos.

Mas o que tem em haver Paralelo 20 e a tal raça Canadense, com o Brasil?

São as condições de clima que coincidem entre o Brasil e a Austrália, que favorecem o desenvolvimento da raça, que se adaptou muito bem a outras condições, como solo, sistema de pastagens existentes, temperatura, insolação na Austrália.  No Brasil na região Centro-Oeste, Mato Grosso, onde as temperaturas alcançam 38º a 40º graus, semelhantes às da Austrália, essa raça tende a ser uma nova contribuição para a pecuária nacional. No quesito qualidade da carne, essa não apresenta grandes novidades. O mercado exige um padrão de carne marmorizada. Macia. Suculenta. Agradável ao paladar. Nessa raça o grau de marmoreio permanece entre 3 a 4, nas escala de 1 a 5.

O diferencial em relação a essa carne bovina de corte é a existência de alguma enzinas, como a Calpaína e a Calpastatina, que atuam como “bomba” de cálcio em forma de substrato e agem de forma direta na maciez da carne e na degradação das fibras musculares após o abate – rigor mortis -. Essas duas enzimas, compensam a falta do marmoreio.


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Aline Rosiakwolcedj ar

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