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Padrasto é condenado a mais de 59 anos de prisão por estuprar e matar a enteada de 5 anos em Porto Alegre

O júri popular foi encerrado na noite de quarta-feira na Capital
28/04/2022 O Sul

Charles Teixeira de Castro, acusado de amordaçar, estuprar e asfixiar até a morte a sua enteada, Surianny dos Santos Silveira, de 5 anos, no bairro Lomba do Pinheiro, na Zona Leste de Porto Alegre, foi condenado a 59 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, na noite de quarta-feira (27).


No processo, ainda figura como réu o irmão de criação de Charles, Jefferson Machado Alves, que foi  julgado e condenado em janeiro de 2018 por envolvimento na morte da menina. Após matar a criança, a dupla escondeu o corpo no sofá de uma peça anexa à casa onde a vítima morava, utilizada como uma loja da mãe da menina.


Na manhã de quarta, durante o júri popular, foram ouvidas a mãe e a avó materna da vítima. À tarde, ocorreu a oitiva da tia e do tio de Surianny. Em seguida, houve o interrogatório do réu. Após, foram realizados os debates do Ministério Público e da defesa.


O Conselho de Sentença era formado por quatro mulheres e três homens. A juíza Karen Luise Vilanova Batista de Souza presidiu o júri. O réu foi condenado pelos crimes de estupro, homicídio e ocultação de cadáver. Ele está preso na Penitenciária Estadual de Charqueadas. Cabe recurso da decisão.


Charles, de 30 anos, e o irmão de criação, de 29, aproveitaram que a mãe da criança havia viajado a trabalho e amordaçaram, estupraram e esconderam em um sofá o corpo da menina Surianny. Os familiares, preocupados com o desaparecimento da criança, registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil. Ela foi achada após um dos integrantes da família esbarrar no sofá onde estava o cadáver.



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