Foi ao ar no dia 14 de maio no Jornal Hoje, uma conversa com o idealizador do Projeto Social, o músico acordeonista Renato Borghetti. Com sede em Barra do Ribeiro, Borghetti explicou que percebeu a ausência da fábrica do instrumento por aqui e decidiu iniciar a produção delas.

“A uns 60 anos atrás existia umas 40 fábricas, e depois elas foram diminuindo, diminuindo, falindo, desativando, migrando para outras atividades, até o momento que nós ficamos na história sem nenhuma fábrica de acordeom no Brasil” pontuou Borghetti.A única forma que se tinha de conseguir uma gaita era comprando uma importada, outro destaque da reportagem foi quando ao valor do instrumento que mesmo uma gaita usada e reformada pode custar a partir de R$ 3 mil reais.

Para fazer as gaitas foi preciso ir atrás do conhecimento, do papelão certo para o fole, do aço para palheta – são cinco etapas até a gaita ficar pronta, e outro detalhe importante a se destacar é que a gaita produzida na Fabrica de Gaiteiros é amiga do Meio Ambiente, a madeira é certificada, a energia para produzir é solar, e os botões são feitos de uma mistura de plástico reciclado e garrafa pet.

Com as gaitas prontas, ele criou o grupo de ensino e formou uma espécie de biblioteca: a criança usa a gaita nas aulas, pode inclusive levar para casa para estudar, e depois devolve e para que outro aluno também a utilize. As aulas são gratuitas e individuais até o aluno pegar o jeito. Pode participar quem tem entre 7 e 15 anos de idade. 

O projeto social que trabalha na formação de novos gaiteiros, tem 12 anos e é financiado por empresas através de leis de incentivo, com 17 unidades entre RS e SC – e duas delas serão criadas no Uruguai.