Mulher saudita é condenada a 34 anos de prisão por usar Twitter
A estudante Salma al-Shehab, de 34 anos e mãe de dois filhos pequenos, foi condenada na Arábia Saudita por usar um site de internet para "causar agitação pública e desestabilizar a segurança civil e nacional".
A pena inicial, de 3 anos, foi ampliada para 34 anos após um promotor público pedir uma revisão.
Shehab estudava na Universidade de Leeds, na Inglaterra, e voltou em dezembro de 2020 para a Arábia Saudita, com a intenção de levar seus filhos e marido com ela para o Reino Unido, segundo informações do jornal britânico "The Guardian". Nessa viagem ela foi interrogada pelas autoridades sauditas e acabou presa por causa de sua atuação no Twitter.
Shehab questionou, em postagens, o direito de guarda das mulheres pelos seus maridos, além de retuitar postagens que pediam pela libertação de defensores de direitos humanos que estavam presos.
Sua conta no Twitter tinha menos de 2 mil seguidores e, seu perfil no Instagram, cerca de 150.
A Arábia Saudita tenta, há um tempo, formar uma imagem simpática diante do mundo sediando eventos esportivos, como o GP da Fórmula 1, amistosos da seleção brasileira de futebol e partidas de grandes clubes europeus como Barcelona, Real Madrid e Juventus.
É importante lembrar que o presidente Bolsonaro diz ter uma afinidade muito grande com o príncipe da Arábia Saudita e já o convidou mais de uma vez para vir ao Brasil.
A gente só não sabe se a proximidade de Bolsonaro com esse líder mal caráter realmente existe, ou se ele tá mendigando atenção, como sempre, já que segue politicamente isolado do resto do mundo.