Polícia


Policial militar aposentado vai a júri por morte de filho bebê e mais quatro pessoas em Porto Alegre

Crimes ocorreram em maio de 2016, mas corpos só foram encontrados dias depois. Réu responde por cinco homicídios qualificados e fraude processual.
30/08/2022 G1

Está marcado para às 9h30 desta terça-feira (30) o júri do policial militar aposentado acusado de matar o filho, um bebê, e mais quatro pessoas em Porto Alegre. Os crimes ocorreram em 24 de maio de 2016, mas os corpos só foram encontrados nove dias depois, em estado de decomposição, dentro de uma casa na Zona Norte.

O g1 entrou em contato com a defesa de Ronaldo dos Santos, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido retorno. De acordo com o Tribunal de Justiça, o réu negou a autoria dos crimes em depoimento.

O réu é acusado de cinco homicídios qualificados e fraude processual. Entenda as acusações abaixo.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o réu agiu motivado pela insatisfação com o nascimento do filho, fruto de relação extraconjugal com uma das vítimas. O acusado teria receio de que ela exigisse dinheiro em razão disso.

O julgamento será presidido pela juíza Cristiane Busatto Zardo, no Salão do Júri do Foro Central I de Porto Alegre. Além do interrogatório do réu, são esperados os depoimentos de cinco testemunhas de defesa.

Relembre o caso

As vítimas do crime foram Luciane Felipe Figueiró; a mãe dela, Lourdes Felipe; o irmão, Walmyr Felipe Figueiró; o filho dela, João Pedro Figueiró; e o bebê, Miguel Felipe Figueiró. Os quatro primeiros foram baleados. Ao sair do local, o acusado teria acionado o gás de um queimador do fogão e deixado o bebê para morrer por asfixia ou inanição, aponta a denúncia.

Uma parente que mantinha contato esporádico com os familiares encontrou os corpos dias depois. Na época, vizinhos disseram acreditar que a família teria viajado para Santa Catarina, para onde costumavam se deslocar com frequência.

"Desde o final de semana, sem barulho nenhum. É que eles viajavam muito para Santa Catarina, então nós não notamos nada", disse a moradora Janaína Laurindo da Silva à RBS TV em 2016.

O policial aposentado chegou a ser preso, ainda em 2016, na cidade de Tubarão (SC).

"A investigação apurou diversas ameaças feitas pelo suspeito e inclusive tem a tentativa de adulteração de exame de DNA da [criança] filha da vítima, que na data do crime não havia completado um mês de vida", disse a delegada Luciana Smith, na época do caso.

Acusações

O réu responde por cinco crimes de homicídio qualificado e por uma ocorrência de fraude processual. Contra a Luciane e o bebê, as qualificadoras de homicídio são motivo torpe, recurso que dificultou a defesa do ofendido, surpresa e dissimulação.

Contra a mãe de Luciane, o irmão e o filho dela, o réu teria aplicado recurso que dificultou a defesa da vítima, surpresa e dissimulação, além de agir para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.

Além disso, o MP imputou fraude processual pois o réu teria plantado drogas próximo ao corpo de Walmyr, irmão de Luciane, com o objetivo de simular que os crimes tivessem ligação com o tráfico, afastando suspeitas sobre ele.

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