Educação


"O governo tem sensibilidade e há revisão", diz Leite sobre demissões de professores temporários em tratamentos de saúde

Governador afirmou que desligamento de docentes pode ser revisado em situações específicas, mas foco está no atendimento aos alunos
04/07/2019 GaúchaZH

O governador Eduardo Leite falou pela primeira vez, nesta quarta-feira (3), sobre os casos de professores com contratos temporários que foram demitidos em meio a tratamentos de saúde no Rio Grande do Sul. Nos últimos meses, a norma do governo do Estado pegou de surpresa educadores, que foram comunicados do desligamento durante licença-saúde para tratamentos contra câncer, depressão e após cirurgias, por exemplo. O caso foi mostrado por GaúchaZH no início de junho. 

Em entrevista exclusiva, Leite deixou claro que o governo tem sensibilidade e que as demissões em situações específicas, como tratamentos contra o câncer, podem ser revistas. Porém, o governador afirma que o foco do Estado é garantir o atendimento aos alunos.

Professora de Porto Alegre foi dispensada em meio ao tratamento contra um câncer

— O governo tem sensibilidade e há revisão (...) Nosso foco é garantir o atendimento aos alunos, a aprendizagem, o professor na sala de aula, nós queremos e vamos trabalhar por isso. Essa é a meta. Nós somos sensíveis, observamos e acompanhamos essas pautas, casos de licença por tratamento de câncer e tudo mais, mas o foco é: precisamos garantir professor na sala de aula e que o Estado tenha capacidade de pagar os professores — disse.

O governador disse que determinou à Secretaria de Educação que houvesse sensibilidade para acompanhar o que ele considera como "situações específicas e mais dramáticas". Porém, há preocupação em relação ao pagamento de servidores, que ocorre com atrasos e de forma parcelada. Segundo Leite, o ciclo de seguidos contratos emergenciais para suprir a ausência de professores precisa ser interrompido.

— Quanto mais contratações, menos dinheiro resta para o pagamento dos servidores (...). A gente acompanha essas demandas, mas a gente precisa entender que o Estado não pode ter milhares e milhares de contratos emergenciais para substituir a licença da licença da licença — explicou. 

Leite foi citado por diversos professores temporários durante audiência pública que tratou do tema nesta terça-feira (3), no Memorial da Assembleia. Um deles foi Cézar Leili Siqueira Jardim, de Bento Gonçalves, que se afastou da sala de aula após ser diagnosticado com depressão.

— Estou de licença saúde até o dia 21 de agosto, e em abril chegou a demissão. O que eu faço? O que eu digo para meus alunos que me perguntam na rua quando eu vou voltar? Eu gostaria de perguntar ao governador do Estado o que eu vou falar para a minha família, para meus amigos, porque eu não sei o que dizer — disse, com voz embargada.

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