Polícia


Manifestantes tentam invadir sede da Polícia Federal, em Brasília, e incendeiam carros e ônibus

Após vandalizar carros no estacionamento da Polícia Federal, o grupo de radicais se dividiu e seguiu pela Asa Norte
13/12/2022 O Sul

Manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF), na Asa Norte, em Brasília, no começo da noite desta segunda-feira (12). Eles atiraram pedras e vários carros foram danificados no local. Depois, atearam fogo em ônibus.


Pedaços de pau também foram usados. A Polícia Militar do Distrito Federal foi chamada e houve confronto. O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse: “Por enquanto estamos agindo com as forças policiais. Todas as nossas forças policiais (…) estão nas ruas”.


Tiros de borracha e bombas de efeito moral foram lançadas. Após vandalizar carros no estacionamento da Polícia Federal, o grupo de radicais se dividiu e seguiu pela Asa Norte, onde os atos de vandalismo continuaram. Carros foram queimados.


Um shopping fechou as portas. O grupo chegou a fechar uma via. Pedaços de pedra, paus e galhos de árvores foram colocados para impedir o trânsito na W3 Norte, uma das avenidas mais movimentadas da capital do País.


Por volta das 23h, o atual ministro da Justiça, Anderson Torres, publicou uma postagem. “Desde o início das manifestações em Brasília, Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, manteve estreito contato com a Segurança do DF e do governo do DF, a fim de conter a violência, e restabelecer a ordem. Tudo será apurado e esclarecido. Situação normalizando no momento.”


O futuro ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino (PSB) disse por meio de uma rede social que repudia os atos. “Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política.”


Mais cedo, a Polícia Militar do Distrito Federal também já havia reforçado a segurança no hotel de Lula após uma discussão entre apoiadores de Bolsonaro e militantes petistas.


Prisão


Os atos começaram após um indígena identificado como José Acácio Tserere Xavante ter sido preso por participação em atos antidemocráticos nesta segunda. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária, por 10 dias, do indígena.


Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal confirmou que os atos violentos começaram após a prisão do líder indígena. “Índios tentam invadir o prédio da PF na Asa Norte”, destacou o comunicado, ao afirmar que a PM deslocou guarnições “para controlar a situação com a aplicação das forças táticas e Batalhão de Choque”.


A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e baseada, segundo o STF, na “suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos”.


No pedido de prisão, segundo trechos divulgados pelo Supremo, a PGR afirma que o indígena vem usando de sua posição como líder do povo Xavante para arregimentar pessoas para o cometimento de crimes.


“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, diz o documento da PGR.

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