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"As reuniões da COP visam acabar com a produção do tabaco", diz diretora-executiva do ITGA

Mercedes esteve durante quatro dias no Brasil e visitou propriedades de produtores de tabaco, o parque da Expoagro Afubra, indústrias do setor, o Fentifumo e Stifa
06/03/2023 Portal Arauto

 A diretora-executiva da Associação Internacional dos Países Produtores de Tabaco (ITGA), Mercedes Vázquez, visitou a região do Vale do Rio Pardo e concedeu entrevista coletiva, na tarde de sexta-feira (24), na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), sobre a produção global de tabaco e os desafios que serão enfrentados pelo setor na COP 10 da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. 

Mercedes esteve durante quatro dias no Brasil e visitou propriedades de produtores de tabaco, o parque da Expoagro Afubra, indústrias do setor, o Fentifumo e Stifa.

Entre os temas abordados na coletiva, Mercedes falou sobre os principais desafios dos produtores no mundo e as expectativas para a COP 10, que será em novembro de 2023, no Panamá. "A gente sabe que o objetivo do tratado é acabar com a produção de tabaco. Saíram do controle do consumo para outros temas perigosos para o produtor, como direitos humanos e clima.  Há uma culpabilização dos produtores de tabaco por tudo que se passa no mundo. As reuniões da COP são operadas por delegados do setor da saúde e as tratativas visam acabar com toda a cadeia de produção", destacou. 

Sobre a atuação da ITGA, a diretora destacou que visa manter o setor que, mesmo com o crescimento dos desafios. “Temos visto uma evolução que representa ameaça à produção, pois estão ligando o marco regulamentar aos objetivos sustentáveis”, disse. 

Segundo a diretora, a união do setor do tabaco para ter uma representação legítima na conferência é uma necessidade para que representantes de cada país tenham as informações e se possa tratar de estratégias. "As reuniões da COP são operadas por delegados do setor da saúde e as tratativas visam acabar com a produção do tabaco”, alertou.

Ela ainda explicou que o artigo 5.3 da Convenção-Quadro (de políticas de controle dos interesses comerciais), serve de forma legal para manter o produtor fora das discussões. “A forma mais efetiva é fazermos uma campanha global, utilizar de forma apropriada as ferramentas que existem para levar esse contexto de conscientização da importância social e econômica aos governos. A linha de trabalho e o objetivo final do convênio macro é acabar com a produção de tabaco. Nesse contexto, é preciso decidir qual alternativa será dada àquelas pessoas que ainda tiram o sustento da produção”, salientou.

Mercedes ainda comentou sobre a projeção de aumento da produção global de tabaco na próxima safra. Segundo ela, países como Malawi e Zimbábue devem ter um crescimento depois dos últimos anos em queda. "Os principais países produtores dão indícios que vão aumentar a produção, então a safra deverá ser maior. Produzir mais nem sempre são boas notícias para o setor, pois o desequilíbrio gera incertezas", disse Vázquez.

Embora os desafios dos próximos meses para o setor tenha sido o principal tema da coletiva, Mercedes destacou que tem boas impressões gerais sobre o que o setor está realizando. "A grande vantagem dessa região na produção do tabaco é que há poucas questões que perturbam os produtores, como as adversidades climáticas e as dificuldades na negociação do preço de venda. É um contexto único que existe aqui. No geral, as coisas vão bem, desde o acompanhamento dos produtores até os projetos socioambientais que são desenvolvidos", finalizou. 


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