👩🌾AGRICULTORAS de Dom Feliciano participam da Marcha das Margaridas em Brasília🙋♀️
Maria Lorena Slawski Soares, Luciani Slawski Wolowski, Grazi Martins e Lavínia Lapinski, agricultoras de Dom Feliciano, desembarcaram em Brasília na segunda-feira (14), para representarem o município e se unirem ao grande grupo de mulheres.
A 7ª Marcha das Margaridas foi aberta oficialmente na noite
de terça-feira (15), evento que reúne mais de 100 mil mulheres do campo, da
floresta, das águas e cidades na capital federal. A abertura teve a presença de
representantes dos movimentos sindicais e de ministros do governo federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer anúncios
nesta quarta-feira (16) em resposta às principais demandas das mulheres. Ainda
em junho, a organização da marcha levou a pauta de solicitações ao governo
federal.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve na abertura
oficial e antecipou que a pasta deve retomar o Grupo Terra, focado em
desenvolver políticas para as populações do campo e da floresta; além de ações
para acolhimento de mulheres e crianças vítimas de violência nas unidades básicas
de saúde e reconstrução do comitê de avaliação de plantas medicinais e
fitoterápicas.
Algumas demandas apresentadas pela marcha são a ampliação da
participação das mulheres na política; combate à violência, racismo e sexismo;
autonomia econômica; acesso à terra e educação; segurança alimentar; produção
rural aliada à agroecologia e universalização da internet e inclusão digital.
Para a coordenadora-geral da marcha e secretária de Mulheres
da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Mazé
Morais, a marcha “renderá frutos históricos capazes de mudar a vida de mulheres
por meio de uma plataforma de resistência”. O lema da edição de 2023 é Pela
Reconstrução do Brasil e Pelo Bem Viver.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que as
participantes marcham por seus ideais e por um país mais justo e pacífico. “Nós
não queremos que seja o país do ódio e da raiva. Queremos que seja o país da
paz”, disse.
Já Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial,
emocionou-se ao ver a homenagem prestada a irmã Marielle Franco, vereadora do
Rio de Janeiro assassinada em 2018. “Não vão nos intimidar, não vão nos calar”,
destacou.
Participaram do evento as ministras Marina Silva (Meio
Ambiente e Mudança do Clima), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Luciana Santos
(Ciência, Tecnologia e Inovação), Margareth Menezes (Cultura) e Ana Moser
(Esporte), além de ministros e representantes da Caixa, Banco do Brasil e
delegações de 35 países.
As mulheres realizam a marcha nesta quarta-feira (16) na
Esplanada dos Ministérios.
Entenda mais sobre o movimento e sobre Margarida Alves
O Senado aprovou nesta terça-feira (15) a inscrição do nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A matéria segue agora para sanção.
Desde 2000, o nome da marcha é uma homenagem a Margarida
Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa
Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983 em resposta a
sua luta pelos direitos da categoria. Desde então, a liderança se tornou
símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e
dignidade. Latifundiários da região são suspeitos do homicídio. Mas, até hoje,
o crime segue sem solução e os mandantes não foram condenados.
O caso de Margarida Maria Alves chegou à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em abril de 2020, a comissão concluiu que o Estado brasileiro é responsável
pela violação dos direitos à vida, integridade pessoal, proteção e garantias
judiciais de Margarida Alves. O relatório ainda faz recomendações ao Estado
brasileiro sobre como reparar integralmente os familiares da vítima; a
investigação efetiva para esclarecer os fatos; o fortalecimento do Programa de
Proteção a Defensores de Direitos Humanos, concentrando-se na prevenção de atos
de violência.