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Outono chega com temperaturas acima da média e enfraquecimento do fenômeno El Niño

21/03/2024 O Sul
O outono começou no Hemisfério Sul à 0h06min (no horário de Brasília) desta quarta-feira (20) e prossegue até o dia 21 de junho. Neste ano, a estação será marcada pelo enfraquecimento do fenômeno El Niño e pelo registro de temperaturas acima da média histórica em todas as regiões do País.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) preveem que os meses de abril, maio e junho serão mais quentes na comparação com a média dos últimos anos. A exceção é para o Centro-Sul do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas previstas estão dentro da normalidade para a estação.
Segundo a coordenadora-geral do Inmet, Márcia Seabra, em algumas áreas, as temperaturas podem ficar até 1 ou 2 graus acima da média durante todo o período. Para a meteorologista, além de fenômenos como El Niño e La Niña, as diferenças de temperatura durante o outono deste ano podem ser explicadas pelo aquecimento global.
“Já fica muito difícil hoje a gente falar que está mais quente por causa do El Niño. É mais plausível dizer que a temperatura está subindo, sim, por causa do aquecimento global e de mudanças climáticas. Porque, independentemente do El Niño, as temperaturas estão ficando muito elevadas. Foi o que a gente viu no ano passado. Isso, provavelmente, deve ser alguma coisa a que se tenha de adaptar: o fato de as temperaturas tenderem a ficar mais elevadas independentemente dos fenômenos El Niño ou La Niña”, explica.
El Niño
O fenômeno El Niño, que atingiu o pico em dezembro do ano passado, vem demonstrando enfraquecimento nos últimos meses. “Provavelmente no outono já devemos ter essa transição do El Niño para uma condição mais neutra”, explica a meteorologista.
Durante esse fenômeno, ocorre um aquecimento das águas do Oceano Pacífico, próximas à Linha do Equador. Com isso, há alterações na formação de chuvas, na circulação dos ventos e na temperatura.
No fim do outono, é possível que o fenômeno La Niña comece a se formar no Brasil, ganhando força no segundo semestre. La Niña caracteriza-se pelo resfriamento das águas do Pacifico. “O que acontece são chuvas abaixo da média na Região Sul e acima da média nas regiões Norte e Nordeste”, diz Márcia Seabra.
Chuvas
As chuvas devem ficar abaixo da média histórica no outono na maior parte das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, especialmente devido aos impactos que o El Niño ainda pode causar. Em áreas do Norte de Roraima, Noroeste e Sudoeste do Amazonas e Oeste do Acre, a previsão é de condições favoráveis para chuvas próximas ou acima da média durante o trimestre.
Nas regiões Sul e Sudeste, estão previstas chuvas com valores acima da climatologia, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, em áreas de São Paulo e Sul de Minas Gerais. Nas demais áreas do Sudeste, a tendência é de chuva próxima e ligeiramente abaixo da média.

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