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De sensação acima de 40°C para frio de 5°C: confira como inicia o Outono no Rio Grande do Sul

21/03/2024 Clic Camaquã
No hemisfério sul, o outono de 2024 tem início exatamente nesta quarta-feira (20), às 00h06, e se estenderá até o dia 20 de junho. A estação começa com o Oceano Pacífico ainda sob El Niño depois de vários anos em que o outono teve início ou sob a influência da La Niña ou em fase de neutralidade.
Na semana em que se inicia o outono, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Centro-Leste está em 1,1ºC, ou seja, na faixa de El Niño moderado (1ºC a 1,4ºC), mas há um mês esta área estava com anomalia de 1,5ºC, sinalizando que o El Niño enfraquece e se encaminha para o fim.
O outono marca uma mudança no regime de chuva no Centro-Sul do Brasil. Enquanto no verão as precipitações se originam mais de nuvens carregadas que se formam pelo calor e a umidade alta, a partir do outono a chuva passa a ter como causa principal a passagem de frentes frias e centros de baixa pressão.
Em 2024, a tendência é de um outono com chuva perto e acima da média em parte do Sul do Brasil. Somente no segundo dia do outono, em 21 de março, por efeito de uma intensa frente fria que chegará com temporais, muitas cidades gaúchas podem ter entre 15% e 30% da precipitação média histórica da estação inteira.
A madrugada da quinta-feira (21) vai ser muito quente ainda em diversas regiões, com marcas entre 30° C e máximas passando de 35°C, com sensação térmica de chegando a 40° C. Mas uma frente fria avança pelo Oeste e o Sul com chuva e temporais, causando queda de temperatura que podem chegar a mínimas de até 5ºC nas madrugadas de sexta (22), sábado (23) e domingo (24). Já em Camaquã na sexta-feira (22) a mínima será de 13°C e a máxima de 24°C.
No decorrer da estação, a tendência é de chuva acima da média no Sul principalmente no Rio Grande do Sul e no Leste de Santa Catarina e do Paraná. Há risco de episódios pontuais de precipitação muito intensa, com elevados volumes, capazes de gerar cheias de rios, deslizamentos, alagamentos e inundações
Sul do Brasil
O clima no começo do outono tem condições ainda típicas de verão enquanto o final da estação já está compreendido no período mais frio do ano. A chegada do outono não significa, contudo, que o calor fica para trás. Dias quentes são normais ainda em abril e maio. Mesmo em junho podem ocorrer alguns dias quentes. Quando há período quente mais prolongado em maio após dias frios há a ocorrência do chamado veranico de maio, mas ele não ocorre todos os anos.
No Sul do Brasil, o outono tende a ter temperatura acima da média no Paraná e com possibilidade de desvios positivos de temperatura mais significativos no Noroeste e no Norte do estado. Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem ter maior variabilidade na temperatura com marcas perto e acima da média, em geral, no estado catarinense. No Rio Grande do Sul, temperatura mais perto da média com possibilidade de desvios positivos menores mais ao Norte do estado e marcas perto ou abaixo da média em locais mais ao Sul.
Um outono todo frio é extremamente improvável, assim, no Sul do Brasil. Isso, contudo, não significa que vai deixar de fazer frio. Muito pelo contrário. A primeira metade da estação, como é comum no final de um El Niño, terá maior propensão para temperaturas acima da média. Já na segunda metade do outono espera-se uma frequência maior de massas de ar frio.
Estes eventos de frio serão eventualmente fortes a muito fortes, especialmente em junho – que pode ser um mês frio – no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, à medida que o Pacífico Leste esfria muito. Por isso, junho pode ser um mês com maior número de dias com temperatura negativa e formação de geada, não se descartando neve, embora seja um fenômeno previsível somente em curtíssimo prazo.
A tendência, assim, é que não ocorra frio persistente e muito prolongado na maior parte deste outono, excetuando-se o último mês da estação que deve ter muitos mais dias frios em área mais ao Sul do Brasil à medida que o Oceano Pacífico se resfria rapidamente.
Ciclones
As bruscas mudanças do tempo e da temperatura no outono não raramente são acompanhadas de vento forte do quadrante Oeste, do tipo Minuano, quando da presença de um ciclone mais intenso no Atlântico. O vento forte costuma vir com ciclones extratropicais (sistemas de baixa pressão), fenômeno que se torna mais frequente justamente a partir do outono e que impulsiona o ar polar para o Sul do Brasil.
As rajadas quando há ciclones costumam variar, em média, entre 50 e 100 km/h, dependendo do posicionamento do sistema de baixa pressão. Em alguns casos mais extremos, as rajadas ultrapassam 100 km/h no Sul e no Leste gaúcho com fortes ressacas do mar na costa, danos e falta de energia.
Horas antes da mudança do tempo, atuam outro fenômeno que se chama correntes de jato de baixos níveis que costumam trazer vento Norte forte seco e quente com alta temperatura, especialmente na região de Santa Maria no caso do Rio Grande do Sul, em cidades da costa a Leste da Serra do Mar nos litorais do Sul e do Sudeste.

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