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Mosquito-pólvora: desequilíbrio ambiental está entre as hipóteses de proliferação do inseto no RS

06/04/2024 G1
A presença do mosquito-pólvora no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, além de deixar a população em alerta, tem chamado a atenção do Departamento de Defesa Vegetal, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, que já está monitorando o comportamento e proliferação do inseto nos bananais da região. Desequilíbrio ambiental está entre as hipóteses avaliadas pelo órgão para a elevada presença do mosquito.
"A gente tem feito monitoramento das pragas de bananais. É uma atividade constante. Comecei a perceber uma flutuação de curva ascendente desses mosquitos nos últimos três anos. E no último mês recebi relatos de moradores e produtores", diz Alonso Duarte de Andrade, fiscal estadual agropecuário.
Mosquito-pólvora: desequilíbrio ambiental está entre as hipóteses de proliferação do inseto no RS
Departamento de Defesa Vegetal do Rio Grande do Sul avalia hipóteses para a presença do inseto da região e começa a testar ações resolutivas para o problema que tem preocupado a população do Litoral Norte.
Por g1 RS
05/04/2024 01h30 Atualizado há 15 horas
Larvas de mosquito nas folhas de bananeira em Dom Pedro de Alcântara — Foto: Reprodução/RBS TV
Larvas de mosquito nas folhas de bananeira em Dom Pedro de Alcântara — Foto: Reprodução/RBS TV
A presença do mosquito-pólvora no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, além de deixar a população em alerta, tem chamado a atenção do Departamento de Defesa Vegetal, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, que já está monitorando o comportamento e proliferação do inseto nos bananais da região. Desequilíbrio ambiental está entre as hipóteses avaliadas pelo órgão para a elevada presença do mosquito.
"A gente tem feito monitoramento das pragas de bananais. É uma atividade constante. Comecei a perceber uma flutuação de curva ascendente desses mosquitos nos últimos três anos. E no último mês recebi relatos de moradores e produtores", diz Alonso Duarte de Andrade, fiscal estadual agropecuário.
Com a proliferação do mosquito-pólvora, uma análise foi iniciada para compreender a realidade que favorece o ciclo reprodutivo dele no local. Além do bananal ser um espaço de bastante matéria orgânica e umidade, em um contexto macro, a Defesa Vegetal tem avaliado três possibilidades desse cenário.
"Desequilíbrio ambiental, mudança climática e manejo incorreto de químicos", destaca Andrade.
Há, segundo o fiscal agropecuário, aspectos a serem avaliados para apresentar uma resposta conclusiva. No entanto, já estão sendo realizados testes de soluções para reduzir a presença do inseto.
Entre as ações previstas para o manejo de praga estão drenagem, uso de armadilhas, controle de bactérias e, em último caso, controle químico.
De acordo com Andrade, o controle químico não seria a primeira opção devido à característica do cultivo ecológico, "pois pode afetar os bananais e ter impacto na cadeia produtiva" dos agricultores.
O uso de inseticidas também não é recomendado, uma vez que os maruins podem se adaptar e criar resistência aos produtos.
Esse inseto, que mede até 4 milímetros, costuma buscar locais com umidade e temperaturas elevadas. A presença do mosquito-pólvora é maior no verão, conforme explica o fiscal estadual agropecuário.
Com as ferramentas de controle de praga, segundo Andrade, a intenção está em "quebrar o ciclo de reprodução do mosquito, para que em setembro, período que deve se manifestar novamente, ele esteja equilibrado com o meio ambiente".
Conhecido ainda como maruim, este mosquito é uma espécie de inseto transmissor de viroses. A praga está sendo chamada de mosquito-pólvora por ser tão pequena e de coloração preta, como um grão da substância explosiva.
Uma das análises que está sendo realizada no Rio Grande do Sul pela Defesa Vegetal é a identificação da espécie desse mosquito, a fim de confirmar se esses que estão presentes no Litoral Norte do RS são os Culicoides paraensis, conhecidos como vetores da Febre Oropoche.
Ainda não há casos de Febre Oropoche confirmados no RS.

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