Política


Ex-deputado Beto Albuquerque é indiciado por crime de caixa 2

Investigação da Polícia Federal está embasada em delação do ex-diretor da construtora Odebrecht Alexandrino Alencar
22/08/2019 GaúchaZH

 O ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) foi indiciado pela Polícia Federal por crime de caixa 2. A investigação está embasada em delação de um dos ex-diretores da construtora Odebrecht, Alexandrino Alencar. Conforme o empresário, o ex-parlamentar gaúcho recebeu em 2010 e em 2012 recursos não contabilizados para sua campanha e também destinados a correligionários do partido.

Alexandrino diz que intermediou repasse de R$ 300 mil para Beto em duas oportunidades. A primeira em 2010, R$ 200 mil para a campanha do político à Câmara dos Deputados. E a segunda em 2012, R$ 100 mil, como auxílio às campanhas municipais de candidatos do PSB no Rio Grande do Sul.

_ As operações foram realizadas pelo grupo Odebrecht sem qualquer registro no Tribunal Superior Eleitoral _ relatou Alexandrino.

Conforme Alexandrino, o apelido de Beto Albuquerque na planilha do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht (que fazia doações a políticos) era trinca-ferro (nome de um pássaro com penas grisalhas) e se refere à ave que é símbolo do PSB.

O caso começou a ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi repassado à Superintendência da PF no Rio Grande do Sul, porque Beto já não é deputado e, por isso, não tem mais foro especial. Ele foi indiciado pelo delegado Daniel Cola, que não quis dar entrevista.

O delegado também não falou sobre quando teriam ocorrido as doações irregulares. 

O caso de Beto será agora apreciado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul, para apuração de delito de falsidade ideológica na captação de recursos de campanha (o chamado caixa 2). A pena prevista para esse crime é de até cinco anos de reclusão, além de multa.

CONTRAPONTO

O que diz Beto Albuquerque:

Vou reafirmar o que já disse e está no meu depoimento à PF que fiz acompanhado do meu advogado Ministro Gilson Dipp. 

Trata-se de uma grande inverdade dita por um delator da Odebrecht e restará provado para a justiça eleitoral.

Em 2008 não fui candidato a nada! Como poderia pedir recursos se não era candidato? E se nunca pedi pra mim caixa 2 não pediria pra outro, por óbvio.  

Em 2010 a doação desta referida empresa está lá devidamente e legalmente declarada. Não devo e não temo o devido processo legal. Não fui notificado disso.

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