O advogado acusado de matar a amante que estava grávida foi condenado a 49 anos e nove meses de prisão após julgamento em Mogi das Cruzes, nesta quinta-feira (29). Kelly de Paula Novaes estava grávida de quatro meses e foi encontrada morta nas margens da Rodovia Ayrton Senna, em Mogi, em abril de 2016, com sinais de agressão e estupro.

O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (29) no Fórum de Mogi. O advogado Ronaldo Moreira, de Bertioga, foi condenado, entre outros, pelos crimes de homicídio e aborto. Na decisão, o juiz decretou ainda a prisão preventiva dele. De acordo com a sentença, o réu cumprirá a pena de reclusão em regime inicialmente fechado.

As testemunhas de acusação foram ouvidas por cartas precatórias (em outras cidades). Nesta quinta-feira (29), foram ouvidas as quatro testemunhas de defesa e houve o interrogatório do réu.

O caso

Segundo a Polícia Civil, o acusado e a vítima eram amantes. Os familiares de Kelly contaram ao G1, na época, que ela saiu de casa na sexta-feira, 15 de abril de 2016, em Bertioga, usando chinelo, shorts e camiseta. Desde então nunca mais foi vista. No dia seguinte, a polícia foi acionada.

Depois de procurar em hospitais de cidades vizinhas de Guarujá e Santos, a família entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML) de Mogi das Cruzes, no dia 22 de abril, e descobriu que havia um corpo na unidade com as características da jovem.