Saúde e Bem Estar


Atenção aos riscos com as batidas na cabeça

25/09/2019 Gazeta Regional online

Os traumatismos cranianos ou cranioencefálicos respondem por um percentual significativo dos atendimentos nas emergências. O tema está presente na programação da 2ª Jornada de Trauma e Emergência do HPS de Porto Alegre. O evento acontece entre os dias 3 a 5 de outubro de 2019, no Hotel Sheraton, na capital gaúcha. O integrante da equipe neurocirúrgica do Hospital de Pronto Socorro, Mário de Barros Faria, chama a atenção para sinais que podem ser observados e que ajudam a entender a gravidade ou não da situação.

- Sempre que há um trauma na cabeça, é claro que há uma preocupação muito grande e na dúvida é melhor procurar um especialista. Porém, alguns sinais importantes podem ser observados. Um critério importante é estar atento não só a dor, mas saber se ela é intensa e prolongada ficando mais forte com o passar do tempo. Náuseas e vômitos são sinais de agravamento, especialmente se o paciente não tiver ingerido alimentos. O paciente que desmaia depois de bater a cabeça e que ao despertar relata desorientação ou não lembra o que ocorreu, invariavelmente precisa ser visto por um médico. Convulsões ou alterações funcionais em um lado do corpo apontam para algo mais grave – explica.

Outra situação recorrente é o cefalohematona, que é o vulgo "galo". De acordo com o médico, o fenômeno é causado geralmente por uma contusão do couro cabelo ou ruptura de pequenos vasos. O que ajuda muito é colocar gelo no local.

- Claro que não vai modificar a evolução do trauma ou proteger o cérebro, mas diminui o inchaço. Se a batida é frontal, especialmente, o machucado pode ser muito grande. É importante, que pais estejam sempre atentos para controlar isso e observar os sinais de alerta para saber se justifica ou não o encaminhamento para um médico - completa.

O paciente pode dormir depois de uma batida na cabeça?

Existe esse mito de que não podemos deixar alguém dormir após uma pancada na cabeça. Segundo o médico, na verdade há uma deturpação da informação. Na verdade, dormir não é o problema. O que é relevante é saber se a pessoa terá condições de acordar depois.

- Quando uma criança, por exemplo, bate a cabeça, não há maiores problemas em deixar ela dormir, mas de tempo em tempo, tem que acordar ela e ver se ela responde aos comandos. Porém, não há uma proibição. Dormir depois que bateu a cabeça não vai aumentar a chance de que algo ruim aconteça – esclarece.

Esportes

O futebol e outros esportes coletivos de contato são os maiores causadores de traumas cranianos. Uma das cenas mais preocupantes é quando há uma batida de cabeça com cabeça. Um lembrete importante, após essas ocorrências, ainda que não sejam graves, é que a pessoa não fique sozinha por pelo menos 6 a 12 horas. São pessoas que devem ser observadas, mas sem a necessidade maior de avaliação médica de urgência. O prudente é não deixar a pessoa sozinha porque se esses sinais de alerta aparecem é preciso alguém que identifique e possa levar o paciente até um centro especializado.

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