Dupla Grenal


Árbitro do Gre-Nal 422 ganha em um mês o que Tréllez e André recebem em um dia

Taxas de arbitragem da CBF tiveram maior aumento da história em 2019
07/11/2019 Fonte: Diori Vasconcelos/ Gaúcha ZH -- Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS

Depois de revelar quanto ganhou o árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza para apitar o Gre-Nal 422, percebi que a informação gerou debate e dividiu opiniões entre os leitores.

Houve quem considerou elevado o valor de R$ 3,6 mil recebido por um juiz central do quadro da CBF para apitar uma partida de futebol. As pessoas que tiveram esse argumento estabeleceram o comparativo com os ganhos médios dos trabalhadores ou até com o salário mínimo do Brasil. 

De outra parte, os que consideraram a quantia baixa fizeram o paralelo com o padrão salarial dentro dos clubes do Brasileirão. Neste caso, a proporção muda significativamente porque o futebol nacional atingiu um nível de investimento capaz de rivalizar com as principais ligas do mundo em alguns casos.

Por isso, resolvi voltar a falar sobre o assunto e avançar na discussão. Peguei mais uma vez como referência o árbitro escalado para o Gre-Nal do último final de semana, mas levei em conta os jogos apitados por ele em outubro. Flávio de Souza trabalhou em quatro partidas no período. Três da Série A e uma da C. Isso representa um valor bruto que fica na casa dos R$ 11 mil para o último mês de trabalho do juiz.

Jogadores da dupla Gre-Nal, como os centroavantes Tréllez e André, precisam de apenas um dia de trabalho para ganhar a mesma quantia ou até mais do que o árbitro do Gre-Nal recebeu em um mês. O colorado tem vencimentos que superam a casa dos R$ 300 mil e o gremista recebe salário superior a R$ 400 mil.

Apesar do abismo entre as realidades, os árbitros do quadro da CBF nunca ganharam tanto por partida. O ano de 2019 registrou o maior aumento da história em âmbito nacional para os homens do apito.

— Em 2019 tivemos um acréscimo médio de 20% nas taxas de arbitragem da CBF em todas as categorias. Um número significativo em comparação com o início do ano passado, quando o aumento foi de 3% — comentou o chefe de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba.

Vale ressaltar que os árbitros não tem remuneração fixa. Os pagamentos dependem do número de jogos trabalhados. Há diferença nas taxas de acordo com as funções desempenhadas por cada um, que vão do campo ao VAR. Em caso de erros graves e afastamento das escalas ou lesões, o resultado é o período sem receber. Por isso, muitos árbitros têm profissões paralelas ao apito. 

Os que estão no quadro da Fifa recebem taxas mais elevadas. Para os confrontos da Série A, por exemplo, o valor por partida é de R$ 5 mil. Sem falar na possibilidade de escalas em competições internacionais. Isso eleva a condição e favorece a possibilidade de que os árbitros desta categoria tenham dedicação exclusiva à arbitragem.

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