Policiais são investigados pela BM por suspeita de agredir rapaz durante abordagem em Alvorada
Dois policiais militares do 24º Batalhão de Polícia Militar são investigados por suspeita de agredir um rapaz durante uma ocorrência. A abordagem foi na última quarta-feira (11), em Alvorada, na Região Metropolitana.
O caso foi registrado em um vídeo que passou a circular em redes sociais. Nas imagens, é possível ver os policiais desferindo três golpes de cassetete e quatro tapas no rapaz, que tenta se proteger usando os braços.
Major e capitão da Brigada Militar são réus por mortes de tartarugas a tiros em quartel de Canoas.
Policiais civis aderem a greve e delegacias passam a registrar apenas ocorrências graves.
Os policiais ainda dizem:
"Vira homem, seu vagabundo. Vira homem. Vira homem, seu porra."
O vídeo acaba assim que uma voz feminina diz: "vocês estão batendo no meu filho?". A resposta de um dos policiais é "não".
O fato chegou ao conhecimento do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM). O comandante regional, tenente-coronel Alexandre da Rosa, informou que foi aberto um inquérito policial militar para apurar o caso.
O comandante entende que a técnica policial mais adequada para o momento era de imobilização do rapaz que aparece no vídeo. Segundo o oficial, o jovem estaria sob efeito de drogas e precisaria ser contido, mas não atingido por golpes como ocorreu na situação.
Ainda segundo o comandante regional, o rapaz antes teria atacado os policiais o que, segundo ele, foi retirado do vídeo. Um dos PMs teria ficado com um hematoma, conforme o oficial.
A Brigada Militar (BM) afirmou que foi chamada até o local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), primeiro órgão público acionado para a ocorrência. Os socorristas pediram ajuda da polícia porque não estariam conseguindo conter o rapaz.
O relato da BM é de que o homem estaria agredindo a própria avó e a teria ameaçado de morte. Depois, foi levado pelos socorristas para atendimento.
O comandante da BM no município, major Jeferson Marques de Melo, não quis comentar o caso. Alegou que não falaria sobre "fatos negativos para o batalhão".