Agricultura


Descuido é a principal causa dos incêndios em estufas

Sobrecarga e falta de manutenção estão entre os motivos
17/12/2019 Por: GAZETA DO SUL - FERNANDA SZCZECINSKI

Canos furados, sistema elétrico sobrecarregado, negligência em relação à temperatura do forno e outros descuidos com o manuseio e as condições das estruturas são as principais causas dos incêndios em estufas de tabaco.

Desde janeiro, segundo informações do 6º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Cruz do Sul, pelo menos 55 ocorrências desse tipo foram registradas na área de atuação da corporação. Venâncio Aires foi o município que mais teve esse tipo de sinistro, com 15 casos até essa segunda-feira, 16. 

O levantamento dos bombeiros leva em conta Santa Cruz, Venâncio, Vera Cruz, Rio Pardo, Cachoeira do Sul, Encruzilhada do Sul, Lajeado, Estrela e Encantado, mas os municípios do Centro-Serra também registram com frequência casos de fogo em estufas.

Conforme Arzélio Strassburguer, do Corpo de Bombeiros Voluntários de Candelária, na safra atual, de outubro até agora, já foram registrados 11 casos somente no município. Destes, sete aconteceram em estufas elétricas e outros quatro em estufas tradicionais. 

Na safra anterior, de outubro do ano passado a março deste ano, foram 31 casos – 27 em Candelária, três em Novo Cabrais e um em Cerro Branco. “Problemas nas estruturas e sobrecarga são as principais causas”, ressalta Arzélio.

O sargento Filipe Martins da Cunha acrescenta que a época em que a secagem do fumo acontece, do início da primavera até o fim do verão, também contribui para os incêndios, em razão do calor. 

“As causas são apontadas pelo IGP, que faz as perícias, mas sabemos que via de regra o problema é nas estruturas e fiações, por isso damos algumas dicas.” 


COMO EVITAR

– Manter o controle constante da temperatura da fornalha, com vigilância permanente no local e sem apressar o processo de secagem.

– Realizar periodicamente a limpeza e manutenção dos dutos e do interior da estufa, pois o acúmulo de resíduos pode provocar um processo de autoignição no seu interior.

– Providenciar instalações elétricas independentes para a estufa, evitando um superaquecimento da fiação.

– Manter a ventilação forçada da estufa em boas condições.

– Sempre que possível, construir a estufa a uma distância mínima de cinco metros de outras edificações (residência, galpão, garagem de maquinário) para evitar a propagação das chamas.

– Em caso de incêndio, fechar todas as entradas de ar do local para diminuir a oferta de oxigênio.

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