Por que Bolsonaro vai se reeleger
Olhando para os números e para o Brasil, concluo que Jair Bolsonaro caminha firme para a reeleição. Faço a afirmação baseado no cenário atual. Faltam pouco mais de três anos para o começo da campanha e até lá, é claro, muita coisa pode mudar.
Mas em dezembro de 2019, a economia dá sinais de melhora: juros baixos, inflação controlada e uma pequena reação nos índices de emprego, que deve se acentuar nos próximos meses. Não somos diferentes de americanos e europeus. Votamos com o bolso.
Some-se a isso o sucesso da pauta conservadora, tudo temperado com arrasadores surtos verbais. Alguns até se chocam, mas os numerosos seguidores do ex-capitão aplaudem – os que, com o mesmo discurso, o elegeram ano passado. Nesse contexto, dizer que um repórter tem cara de gay, como se isso fosse uma ofensa, não retira um voto sequer do pai do Flávio, do Carlos e do Eduardo.
Cabe ressaltar, sempre pode haver um tsunami. Entre laranjas e rachadinhas, a família Bolsonaro tem seus calcanhares de Aquiles. A dúvida é se as acusações colarão na imagem do presidente.
A favor da reeleição, há ainda uma esquerda enfraquecida e refém de um ex-presidente atolado em condenações por corrupção. E um centro encolhido que não chega nem perto de um projeto de unidade.
Se o emprego reagir e as brisas da economia se transformarem em ventos, ninguém segurará Bolsonaro. Ainda mais se o seu próximo vice for mesmo Sérgio Moro, um ministro mais popular que o próprio presidente. É cedo, mas os sinais já estão todos lá, no horizonte de 2022.