A morte do ex-deputado federal Ibsen Pinheiro, na noite desta sexta-feira (24), comoveu personalidades do meio político e esportivo.

Aos 84 anos, o ex-parlamentar realizava um tratamento de saúde no hospital Dom Vicente Scherer, na Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, quando teve uma parada cardiorrespiratória. De acordo com a assessoria do MDB do Rio Grande do Sul, o velório do ex-deputado aconteceu das 9h às 16h deste sábado (25) na Assembleia Legislativa, na Capital. Natural de São Borja, ele foi também dirigente do Internacional.

Confira as manifestações:

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados

— Ibsen estará sempre guardado no meu coração. Um exemplo pra mim. Tive a oportunidade de conviver e aprender muito com ele. Perdemos um homem público diferente — afirmou, Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara dos Deputados, cargo ocupado por Ibsen ente 1991 e 1993.

Eduardo Leite, governador

Recebi com tristeza a notícia do falecimento do deputado Ibsen Pinheiro. Ibsen foi homem público incansável na luta por um país melhor. Sua trajetória política, marcada pelo diálogo e pelo respeito, deixa grande legado ao Brasil. Informo que decretarei luto oficial por três dias no RS.

José Fogaça, ex-prefeito de Porto Alegre

— Foi absolutamente fundamental e decisivo, colocou sua inteligência e articulação a favor da construção da democracia no país — afirmou Fogaça em entrevista à Rádio Gaúcha. — Ele instituiu os caminhos para hoje termos uma democracia que funciona, que resiste, isso é graças a um modelo institucional do qual Ibsen foi um dos operários.

É um patrono de nossa história, do nosso passado político — complementou.

Germano Rigotto, ex-governador do RS

— O trabalho que ele realizou sempre foi respeitado, tanto na política como no esporte, inclusive por aqueles que não são torcedores do Internacional. A gente tem que saber que o Ibsen vai, mas deixa história de trabalho, dignidade, de um homem que semeou coisas boas — disse o ex-governador do RS, Germano Rigotto.

Fernando Carvalho, ex-presidente do Internacional

— Um pensador colorado, com ideias claras, com ideias definidas, com uma ideia de futebol. Durante muito tempo, na década de 70, essas ideias prevaleceram no nosso clube, foi uma época vitoriosa. (...) Depois tivemos uma grande convivência no clube, sempre companheiro, sempre solidário, sempre aparecendo para ajudar em momentos difíceis durante a minha gestão, que foi de 2002 a 2006, ele esteve sempre ao lado e em momentos decisivos foi uma palavra que muitas vezes conduziu as minhas atitudes — disse Carvalho.

Na página oficial do Inter, o clube também se despediu do ex-líder.

"Nossos caminhos estarão ligados para sempre. A paixão e o trabalho de Ibsen Pinheiro levaram o Clube do Povo ao topo do Brasil. Um dirigente histórico e um grande homem público que nos deixou hoje, aos 84 anos. Sentiremos a sua falta!"

Luís Carlos Silveira Martins, o Cacalo, ex-presidente do Grêmio

— Te confesso que fiquei muito triste. Tinha uma convivência excelente, extraordinária. Faz 10 dias, 15, que eu, o Ibsen e o Márcio, filho dele, estivemos num restaurante. Ele parecia muito frágil fisicamente. Sempre respeitei muito o Ibsen. Pela sua experiência, sabedoria. Ele sabia ensinar muito quem era um pouco mais moço do que ele. Ele me ensinou muitas coisas sobre o debate. Uma vez ele me disse: "O debate faz parte da nossa atividade. Tem momentos que tu vai ganhar e outros que tu vai perder. Temos que ter consciência que se hoje tu vai ganhar, amanhã tu vai perder" — afirmou Cacalo.

Ana Amélia Lemos,  secretária extraordinária de Relações Federativas e Internacionais do  RS

"Acabo de receber uma notícia muito triste: a morte do ex-deputado Ibsen Pinheiro! Político que, como os homens da fronteira gaúcha, tinha a coragem para enfrentar os grandes desafios como presidir a Câmara dos Deputados, quando aprovou a investigação para o impeachment de Collor", disse a secretária de Relações Federativas e Internacionais do RS.