Polícia


Polícia afirma já ter identificado homem que matou três pessoas da mesma família no Lami

Segundo o delegado Gabriel Bicca, atirador é um jovem que não teria envolvimento anterior com crimes. Caso está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios
27/01/2020 GaúchaZH

Foi por um motivo banal que um homem matou três pessoas da mesma família na tarde deste domingo (26) no Lami, na zona sul de Porto Alegre: pequenos danos causados acidentalmente na sua caminhonete fizeram o motorista sacar uma arma e atirar na cabeça de pai, mãe e filho que estavam no outro carro, levando-os à morte.

É assim que o delegado Gabriel Bicca, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, avalia a discussão de trânsito que resultou num triplo homicídio. Rafael Zanetti Silva, 46 anos, a esposa dele, Fabiana da Silveira Innocente Silva, 44, e o filho do casal, Gabriel da Silveira Innocente Silva, 20 anos, foram assassinados por um homem irritado com uma batida provocada na sua Ecosport.

Em entrevista à Rádio Gaúcha horas depois do violento assassinato, Bicca disse que o autor dos disparos já foi identificado pela Polícia Civil. É um homem jovem, que não teria envolvimento anterior com crimes. O caso está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios, na Zona Sul. 

— É um jovem. Mas profissão, o que faz da vida, a gente não teve acesso a esses dados ainda. Não é uma pessoa criminosa que irá se humilhar, ficar escondido e praticar outros atos ilícitos. Uma avaliação preliminar dos dados indica que foi um grande erro, o maior que ele cometeu. Espero que ele entenda que terá que responder por isso — disse Bicca. 

Briga fútil no trânsito

Depois de participar de uma confraternização neste domingo, a família Silva retornava para casa em um Citroën Aircross. Eles passaram perto de uma Ecosport, estacionada numa estrada vicinal no Lami, extremo-sul da Capital, de modo que o carro acabou raspando na caminhonete. 

Como o lugar era ermo, sem ninguém ao redor, o Aircross seguiu seu trajeto. Quando a família ingressou na Estrada do Varejão, foi alcançada pelo motorista da Ecosport. O homem pediu que eles estacionassem.

Não eram danos relevantes que causassem qualquer prejuízo patrimonial maior que R$ 500, R$ 600, R$ 700. Um martelinho de ouro resolvia. E aí tivemos esse fato grave: três integrantes da mesma família mortos em uma discussão de trânsito. DELEGADO GABRIEL BICCA - DA DIVISÃO DE HOMICÍDIOS DA POLÍCIA CIVIL

— Eles encostaram, desceram, começaram a conversar, a discutir, e nesse momento o proprietário do veículo abalroado puxou uma arma. A partir disso, a discussão ainda continuou, uma das vítimas, a mulher, fez menção de ligar para a Brigada Militar e, a partir daí, o atirador efetuou diversos disparos, entre seis e sete, acertando as três vítimas da mesma família. 

Rafael e Fabiana morreram na hora. Gabriel chegou a ser atendido pelo Samu e levado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre, mas não resistiu aos disparos na cabeça e no pescoço. No carro, também estavam um filho mais novo , de oito anos, e a nora do casal, uma jovem de 18.

À Rádio Gaúcha, Bicca afirmou que os prejuízos provocados na Ecosport pelo carro da família não passam de uma avaria de cerca de R$ 500. Algo que, diz o delegado, "um martelinho de ouro resolvia".

— Não foi uma colisão violenta, de perda total, que inviabilizasse os veículos de circular. Minha pequena experiência me diz que não eram danos relevantes que causassem qualquer prejuízo patrimonial maior que R$ 500, R$ 600, R$ 700. Um martelinho de ouro resolvia. E aí tivemos esse fato grave: três integrantes da mesma família mortos de forma violenta em uma discussão de trânsito — relatou o delegado.

A polícia descarta qualquer possibilidade de o atirador e a família terem tido desentendimentos anteriores à discussão. Bicca, porém, não soube informar se o assassino detém porte legal de arma. Ele fugiu assim que disparou nos três. 

— Ao que tudo indica, é uma pessoa que não tinha envolvimento e, por uma questão banal, fútil, desproporcional, cometeu o ato insano de tirar a vida de três pessoas que eram muito bem-quistas na região, tinham muitos amigos, tinham acabado de sair de uma confraternização. Agora a gente tem uma criança de oito anos que testemunhou a morte do pai, da mãe e do irmão, e que está torcendo para que a polícia consiga fazer uma investigação e prenda essa pessoa que cometeu essa barbaridade — disse o delegado.

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