Saúde e Bem Estar


Teste de vacina experimental contra HIV é suspenso por ineficácia

Estudo incluiu 5,4 mil voluntários soronegativos em 14 locais da África do Sul, homens e mulheres sexualmente ativos com idades entre 18 e 35 anos
04/02/2020 Correio do Povo

As autoridades sanitárias dos Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira que suspenderam um teste na África do Sul de uma vacina experimental contra o HIV depois que ela se mostrou ineficaz para prevenir a infecção. O estudo, chamado HVTN 702, começou em 2016 com a única candidata a vacina que havia demostrado proporcionar alguma proteção contra o vírus que causa Aids em um teste anterior na Tailândia em 2009. "Uma vacina contra o HIV é essencial para pôr fim a uma pandemia mundial, e esperávamos que essa candidata a vacina funcionasse", disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Enfermidades Infecciosas, que participou no trabalho. "Infelizmente, não foi o que aconteceu". 

O teste incluiu 5,4 mil voluntários soronegativos em 14 locais da África do Sul, homens e mulheres sexualmente ativos com idades entre 18 e 35 anos. Os participantes receberam, aleatoriamente, o regime de vacina ou injeções de placebo. Ele tomaram seis doses durante 18 meses. A fim de garantir sua segurança, também foi proporcionado acesso a profiláticos, incluindo a profilaxia pré-exposição (PrEP), um fármaco antirretroviral que, administrado diariamente, demonstrou ser altamente efetivo para prevenir a infecção por HIV.

Os pesquisadores examinaram mediante análise os dados de ambos os grupos depois que os participantes permaneceram no estudo durante mais de 18 meses, o tempo mínimo requerido para que o regime da vacina gere uma resposta imunológica. Entre aqueles que receberam a vacina, foram registradas 129 infecções por HIV, enquanto entre os que receberam placebo tiveram 123 infecções por HIV, razão pela qual o teste foi suspenso. "Embora este seja um revés significativo para este campo (de pesquisa), devemos continuar a busca de uma vacina preventiva", disse Linda-Gail Bekker, diretora de protocolo do teste e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids.

Atualmente existem outros testes de vacina em curso. Um está sendo feito na África subsaariana e na África do Sul; outro em vários países da América e da Europa. Outra pesquisa verifica se os anticorpos amplamente neutralizantes (bNAbs) podem ser efetivos para prevenir a infecção.

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