O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou o sargento da reserva suspeito de matar a ex-mulher a tiros em Torres, no Litoral Norte. O crime ocorreu no dia 30 de janeiro.

A denúncia, encaminhada ao Tribunal de Justiça na terça-feira (3), foi assinada pelo promotor de Justiça Sávio Vaz Fagundes. De acordo com o MP, o homem, de 61 anos, que atirou na cabeça e no tórax da ex-companheira, vai responder por feminicídio.

"O denunciado cometeu o crime contra mulher, em razão da condição de gênero, envolvendo contexto de violência doméstica e familiar, já que a união estável mantida entre os dois havia terminado poucos dias antes do feminicídio", consta na denúncia.

De acordo com o MP, o homem estava inconformado com o fim da união estável que mantinha com a mulher. No dia do crime, ele abordou a vítima e pediu que ela entregasse o celular. Como a mulher teria se negado, o homem atirou contra ela. A mulher foi morta na frente da filha do casal, de 10 anos.

O acusado entrou no carro e fugiu em direção à BR-101. Dias depois, ele se entregou a polícia e segue preso preventivamente.

Na denúncia, o MP aponta que "o delito foi cometido por motivo torpe, uma vez que o denunciado matou a vítima, sua ex-companheira, porque não se conformava com o término da união estável que haviam mantido. Ele foi praticado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que o acusado interpelou a vítima no pátio da sua residência e atirou, de surpresa, na cabeça e tórax, o que inviabilizou eventual ação defensiva da mulher."