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Avanço da dengue no RS preocupa as autoridades

Desde janeiro, o Estado já soma 2,6 mil casos, quatro deles fatais
16/05/2020 O Sul - Foto: Ilustrativa

Não bastassem as preocupações com o coronavírus, outra perigosa ameaça à saúde começa a “se espraiar” no Rio Grande do Sul: a dengue. Conforme boletim epidemiológico do governo gaúcho, já são pelo menos 2,6 mil casos desde janeiro, quatro deles fatais. Desde 2011 não eram registrados no Estado tantos diagnósticos positivos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti – e ainda faltam sete meses para o fim do ano.

Desse total, segundo a SES (Secretaria Estadual da Saúde), quase 2,3 mil são autóctones (contraídos no Rio Grande do Sul), o que representa aproximadamente 88%. No quadro geral de infectados gaúchos, predominam os indivíduos do sexo feminino e com idade entre 30 e 39 anos.

A região do Rio Grande do Sul com maior incidência é a Nordeste, sobretudo nas cidades de Cerro Largo, Constantina, Santa Rosa, Três Passos e Santo Cristo – esta última também responde por duas das quatro mortes, sendo as outras duas ocorridas em Santo Ângelo (Noroeste).

Tendo como vetor o mesmo inseto, o zika vírus também preocupa as autoridades municipais e estaduais: desde o início do ano, dois moradores de Três Passos (detentora de um dos maiores índices de infestação pelo Aedes aegypti) já foram diagnosticados. Ao todo, o Rio Grande do Sul já notificou 50 casos suspeitos, dos quais 17 continuam sob investigação e 31 foram descartados.

Características

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. É a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo, sendo a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo.

Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti.

Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes com aumento da expansão geográfica para novos países e na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de infecção por dengue ocorram anualmente e que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas vivem em países onde o dengue é endêmico.

As primeiras referências sobre epidemias da doença no Brasil datam do século 19. Há relatos de 1916 em São Paulo e de 1923 em Niterói (RJ), mas sem diagnóstico laboratorial. A primeira a ser documentada clinicamente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR). Em 1986 ocorreram epidemias no Rio de Janeiro e outras capitais da Região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada.

No período entre 2002 a 2011, a dengue se consolidou como um dos maiores desafios de saúde pública no País. O processo de interiorização da transmissão vem sendo observado desde a segunda metade da década de 1990 e se manteve no período de 2002 a 2011.

Aproximadamente 90% das epidemias ocorreram em municípios com até 500 mil mil habitantes, sendo que quase 50% delas em municípios com população menor que 100 mil habitantes.

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