Entenda como foi a prisão de Temer e por que ele está detido na PF no Rio
Entenda neste resumo como foi a prisão de Temer e por que ele está detido na PF no Rio
Nesta quinta-feira (21), em São Paulo, o ex-presidente Michel Temer foi preso pela Polícia Federal em desdobramentos da Operação Lava-Jato. Também foram presos o coronel Lima, apontado como operador financeiro de Temer, e o ex-ministro e ex-governador do Rio de Janeiro Wellington Moreira Franco.
O ex-presidente Michel Temer foi detido no final da manhã desta quinta-feira, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo. Ele foi encaminhado para o aeroporto de Guarulhos e, posteriormente, para o Rio de Janeiro, onde ficou detido na Superintendência da Polícia Federal.
Quem são os outros presos
O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas. Outras oito pessoas foram detidas: o ex-ministro Moreira Franco, o amigo de Temer João Batista Lima Filho (coronel Lima), Maria Fratezi (mulher de coronel Lima), Carlos Alberto Costa e Carlos Alberto Costa Filho (sócios de coronel Lima), Rodrigo Castro Alves Neves (apontado como intermediador de propina), Carlos Jorge Zimmermann (que teria ajudado a fornecer propina), e Vanderlei de Natale, que teria colaborado com coronel Lima nas intermediações.
As investigações
A operação apura contratos firmados por empresas envolvidas na Lava-Jato com a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, para realizar obras na usina nuclear Angra 3. As suspeitas são de pagamentos de propina a funcionários da estatal e membros do MDB.
No despacho em que justifica a ordem de prisão, Marcelo Bretas cita o "branqueamento de valores obtidos criminosamente" – que pode ser interpretado como lavagem de dinheiro, que é considerado pela lei como obstrução da Justiça – e recuperação do dinheiro desviado dos cofres públicos pela corrupção. Ele também agiu para impedir que a ação caia nas mãos de Gilmar Mendes, que é tido como aliado de Michel Temer.
O que diz o MPF
Na ação cautelar apresentada pelo Ministério Público Federal, Michel Temer é apontado como líder de uma "organização criminosa" que teria desviado R$ 1,8 bilhão dos cofres públicos. Para os procuradores, o ex-presidente Michel Temer e o coronel João Baptista Lima Filho atuam há décadas para desviar recursos públicos. Leia mais.