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Pandemia ainda é grave no Brasil, apesar de sinais de estabilização, alerta OMS

Diretor de emergências alertou que casos podem ressurgir.
17/06/2020 G1

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou, nesta quarta-feira (17), que a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil ainda é grave, apesar de haver sinais de estabilização.

"A epidemia ainda é bastante grave no Brasil. Os profissionais de saúde, como dissemos antes, estão trabalhando extremamente e sob pressão para lidar com o número de casos que assistem diariamente", disse Michael Ryan, diretor de emergências da OMS.

"Mas certamente o aumento não é tão exponencial como era anteriormente. Existem alguns sinais de que a situação está se estabilizando", afirmou o diretor de emergências.

O Brasil tem o segundo maior número de mortes por Covid-19 no mundo: eram mais de 45,5 mil às 13h desta quarta-feira, conforme levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o G1 faz parte.

O número de vitimas fica atrás apenas das registradas nos Estados Unidos, que têm mais de 117 mil mortes, conforme monitoramento feito pela universidade americana Johns Hopkins.

O diretor de emergências alertou que o número de casos pode voltar a crescer no Brasil:

"Mas já vimos isso antes em epidemias em outros países. Você pode ver um sinal de estabilização em um dia ou dois e depois pode decolar novamente. Então, o que eu diria é que é um momento de extrema cautela no Brasil", disse Ryan.

Na terça-feira (16), algumas cidades chinesas fecharam escolas e impuseram restrições de viagem depois de um novo surto de Covid-19 em Pequim, a capital, que passou mais de 50 dias sem novos casos da doença.

"Acho que, na perspectiva do Brasil, é realmente um momento para focar em saúde pública e medidas sociais, em apoiar comunidades que acham as medidas difíceis de sustentar e também têm um impacto maior em termos de saúde, para garantir que o sistema hospitalar continue funcionando", avaliou Ryan.

Na terça-feira (16), o diretor-assistente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, lembrou que populações pobres precisam de garantias sociais para conseguir cumprir as medidas de distanciamento.

"Se não há ações de proteção social, medidas econômicas capazes de proporcionar que as populações pobres da América Latina possam aderir às políticas de distanciamento social, fica muito difícil. São pessoas que têm que sair quase todos os dias para comprar comida porque não têm geladeira em casa, que têm emprego informal, que não têm nenhum tipo de proteção", ponderou Barbosa.

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